Reinaldo Rabelo: Bitrust e a importância da custódia de ativos digitais
Confira artigo exclusivo por Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin e MB Digital Assets (Imagem: Freepik)
O 💥️Bitcoin foi escrito em 2008, no famoso 💥️whitepaper apresentado por um incógnito 💥️Satoshi Nakamoto, e sendo colocado em produção em menos de seis meses, com a promessa de eliminar completamente os intermediários de operações financeiras.
A partir daquele instante, conhecemos o 💥️protocolo (popularizado como “💥️blockchain“) que iria permitir a transferência de ativos digitais de forma confiável — porque seria descentralizado, imutável, auditável e irreversível.
Por tais características e disrupção que poderia provocar, esse ativo digital (💥️criptomoeda) foi considerado como a 💥️internet do dinheiro, mais até do que o dinheiro da internet.
Sem a necessidade de 💥️bancos, caixas eletrônicos, cofres e depósitos centralizados de ativos, poderíamos guardar, negociar e transferir nossos bens diretamente (“peer to peer” ou P2P) a partir do controle do conjunto endereço-senha (chaves pública e privada) de uma rede aberta e distribuída.
Em 22 de maio de 2010, foi feito o primeiro pagamento utilizando esse protocolo, quando um desenvolvedor húngaro, Laszlo Hanyecz, pagou duas pizzas grandes com 10 mil BTC (incríveis R$ 650 milhões, em valores atuais) e toda aquela construção teórica passou a trilhar o caminho da prática.
Hoje, o mercado de cripto e 💥️tokens gira em torno de US$ 400 bilhões (em capitalização de mercado) e inúmeros negócios têm surgido em torno daquele protocolo inicial — inclusive, negócios que propõem intermediação e centralização.
Sem a necessidade de intermediários, podemos guardar, negociar e transferir nossos bens diretamente a partir do controle do conjunto endereço-senha (chaves pública e privada) de uma rede aberta e distribuída (Imagem: Freepik/stories)
Nesse ponto, é importante fazer um destaque para a provocação inicial do Bitcoin. Em uma leitura menos revolucionária, a eliminação de intermediários não deveria ser lida como “de todo e qualquer intermediário”, mas sim dos “intermediários desnecessários”.
Em uma sociedade complexa, digital e global, será desgastante (para não dizer impossível) obrigar as pessoas a operarem diretamente todas as frentes de relacionamento social.
Assim, para operar no mercado de criptomoedas, apesar de o protocolo permitir uma gestão direta sobre os ativos, um indivíduo pode optar por não conhecer suas questões técnicas e delegar essa função para um intermediário contratado para tal (portanto, um “intermediário útil”).
Aqui surge a utilidade das 💥️exchanges de criptoativos, como o 💥️Mercado Bitcoin, a maior nesse nicho da 💥️América Latina.
O cliente de uma dessas corretoras pode, então, expor parte do seu patrimônio às criptomoedas e até mesmo utilizar aquelas que servem para pagamentos ou voucher (💥️utility tokens), com assistência de uma equipe técnica.
Vale destacar que esse serviço não é diferente do prestado por 💥️plataformas de e-commerce. Uma bicicleta, por exemplo, pode ser negociada diretamente (como o bitcoin).
Todavia, os marketplaces ajudam a conexão entre compradores e vendedores, bem como em um acordo de preço mais próximo ao valor real de mercado.
Com um time especializado, empresas inovadoras, resiliência, responsabilidade e ousadia, podemos construir plataformas de referência mundial (Imagem: Freepik/studiogstock)
Contudo, ao contrário do que normalmente ocorre no e-commerce, as exchanges guardam os ativos que estão sendo transacionados na plataforma como uma forma de garantir ao comprador que ele receberá a criptomoeda em troca do pagamento realizado (sistema de troca de titularidade ou DVP, do inglês “delivery versus payment”).
Essa guarda (como seriam os galpões para custodiar as bicicletas, na analogia utilizada), pode ser exercida pela própria exchange ou por custodiantes qualificados e segregados — exigência comum no mercado financeiro tradicional.
No 💥️Brasil, apesar de alcançar um número relevante de curiosos por criptomoedas (estima-se que cerca de três milhões de pessoas já compraram algum tipo de ativo digital), não há um serviço dedicado à custódia digital.
Por essa razão, é tão relevante o investimento feito pela 💥️Gear Ventures, em parceria estratégica com a 💥️Kryptus — empresa brasileira de criptografia e segurança cibernética, responsável pelo 💥️ICP Brasil e pelos caixas eletrônicos da 💥️Tecban.
A Bitrust, empresa criada para oferecer custódia qualificada para exchanges, investidores institucionais e fundos de investimento, contará com parceiros nas áreas de auditoria e em serviços regulados pelo 💥️Banco Central e pela 💥️CVM quando exigidos.
Em virtude de avanços na regulação, as “big four” têm atuado com serviços de consultoria e auditoria permanente em casos internacionais de custódia digital.
Com esses parceiros, unidos ao conhecimento do Mercado Bitcoin, que realiza a custódia de ativos digitais de seus clientes desde 2013, e a possibilidade de construir um hardware (HSM) customizado para a operação Kryptus, o ecossistema de blockchain e criptoativos brasileiro pode ser mais robusto e disputar o pujante mercado global.
Investimentos como esse mostram que, com um time especializado, empresas inovadoras, resiliência, responsabilidade e ousadia, podemos construir plataformas de referência mundial.
✅💥️Reinaldo Rabelo é CEO do 💥️Mercado Bitcoin e do 💥️MB Digital Assets.
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