Emissão de dívida de emergentes pode atingir novos recordes
Neste ano, governos e empresas de países em desenvolvimento já venderam cerca de US$ 530 bilhões em títulos denominados em dólar e euro, o maior volume já registrado no período (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)
Governos e empresas de mercados emergentes venderam um volume recorde de títulos em moeda estrangeira neste ano, incentivados pela queda das taxas de juros e aumento dos gastos fiscais na pandemia. Este mês pode trazer outro tsunami de vendas.
“Setembro é sempre um mês forte para a emissão de dívida externa de emergentes conforme os mercados retornam das férias de verão”, de acordo com estrategistas do 💥️Citigroup Global Markets, como Eric Ollom, Donato Guarino e Ayoti Mittra. “Em 2023, esperamos que isso continue e até acelere.”
As vendas de dívida soberana devem somar cerca de US$ 30 bilhões em setembro, US$ 7 bilhões a mais do que a tendência histórica, estima o Citigroup. Empresas podem vender outros US$ 61 bilhões em dívidas, lideradas pela 💥️Ásia, principalmente para acelerar pagamentos enquanto os juros estão baixos, escreveram os estrategistas.
Neste ano, governos e empresas de países em desenvolvimento já venderam cerca de US$ 530 bilhões em títulos denominados em 💥️dólar e 💥️euro, o maior volume já registrado no período, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Só os governos venderam quase US$ 197 bilhões em dívida para financiar as economias. Com partes do mundo em desenvolvimento ainda bloqueadas pelo 💥️coronavírus, as autoridades precisam manter o estímulo fiscal, mesmo com a perspectiva de aumento do ônus da dívida.
Depois que o 💥️Federal Reserve e bancos centrais globais injetaram liquidez nos mercados e implementaram medidas de estímulo, países com grau de investimento foram os primeiros a retornar aos mercados internacionais.
Mais de 25% das ofertas denominadas em dólar e euro vieram da China, que emergiu das paralisações antes de outro países (Imagem: Pixabay)
Embora o apetite por dívidas de risco de emissores de alto rendimento tenha demorado mais para se recuperar, a maior parte de valor pode ser encontrada na dívida soberana de emergentes desse grupo, especialmente no segmento de “classificação B”, de acordo com Sara Grut, estrategista sênior do 💥️Goldman Sachs, em Londres.
Na Ásia, 💥️Coreia, Malásia e 💥️China estão atrasadas em seus planos de emissão, com apenas 55% a 60% da meta anual concluída no fim de agosto, segundo André de Silva, responsável por pesquisa global de juros de mercados emergentes do 💥️HSBC, em 💥️Hong Kong.
A 💥️Rússia é a “lanterninha” na Europa Central e Oriental, com apenas cerca de 57% das emissões concluídas. Na 💥️América Latina, Brasil e 💥️México também têm sido lentos na emissão de títulos, com apenas 44% e 56%, respectivamente, das metas anuais concluídas, escreveu o HSBC.
Mais de 25% das ofertas denominadas em dólar e euro vieram da China, que emergiu das paralisações antes de outro países. Os 💥️Emirados Árabes Unidos são o segundo maior emissor deste ano, com uma série de ofertas ainda em curso.
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