Dólar dispara 2,5% contaminado por estresse no mercado de juros
O dólar à vista saltava 2,46%, a 5,3606 reais na venda, perto da máxima do dia, de 5,3642 reais (+2,53%) (Imagem: REUTERS/Rick Wilking)
O 💥️dólar disparava mais de 2% nesta sexta-feira, chegando a superar 5,34 reais, alavancado por forte pressão no mercado de juros futuros em meio a um amplo mau humor doméstico devido à incerteza fiscal e a dúvidas sobre a capacidade do 💥️Banco Central de manter os juros baixos.
O dólar à vista saltava 2,46%, a 5,3606 reais na venda, perto da máxima do dia, de 5,3642 reais (+2,53%).
Na mínima, tocada ainda pela manhã, a moeda marcou 5,2405 reais (+0,16%).
Segundo analistas, o câmbio sentia o desconforto emanado do mercado de DI, no qual as taxas longas disparavam 35 pontos-base, provocando uma escalada na já dilatada inclinação da curva & uma medida de risco.
“Mercado preocupado com a 💥️inflação. Mercado de DI estressando e dólar indo junto… Tesouro com liquidez baixa. E o BC vai deixar o dólar andar? Vai entrar num círculo vicioso muito ruim”, comentou o gestor Alfredo Menezes, da Armor Capital.
O mercado de 💥️juros vem de dias sob intenso estresse, devido a crescentes dúvidas sobre a capacidade do 💥️Tesouro Nacional de refinanciar a dívida pública diante do forte aumento de gastos para combater os efeitos da pandemia e da percepção de evolução da agenda de reformas muito aquém do necessário.
Além disso, o salto na inflação no atacado tem estimulado debates sobre contaminação dos preços ao consumidor, num momento em que o Banco Central expressa intenção de manter a Selic na mínima recorde de 2% por um período prolongado.
O patamar baixo da Selic tem sido apontado por alguns analistas como um dificultador adicional para o financiamento da dívida pública e estaria relacionado aos crescentes deságios nas negociações com LFT (título cuja rentabilidade é atrelado ao juro básico) e a aumentos expressivos nos prêmios cobrados para compra de prefixados.
Na semana passada, o Tesouro fez o maior leilão de prefixados da história, em termos de risco, uma megaoperação de 44,5 milhões de títulos públicos, sem colocação integral. Na véspera, o Tesouro vendeu apenas 18% das 500 mil LFT ofertadas.
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