Rodolfo Amstalden: 90 bilhões em ação, pra fora Brasil, do meu coração
“O acesso complementar aos mercados gringos também nos interessa”, diz o colunista (Imagem: Murilo Constantino/Empiricus)
Talvez você esteja preocupado com o risco fiscal, mas eu só me preocupo com astronomia. Mais especificamente, com o movimento de rotação. Ontem, ganhou dinheiro quem tinha book global. Existe vida fora do Brasil.
Até o momento, cientistas humanos que procuram vida no Universo só a encontraram no planeta Terra. Astrônomos vigiam distâncias de milhares de anos-luz, mas acabam se voltando para os próprios pés.
Diante desse contexto, deixamos a humildade de lado e sucumbimos àquilo que as finanças comportamentais chamam de “home bias” — o viés doméstico.
Gaia assume a medida de todas as coisas, e procuramos outros planetas que se aproximem de nossas próprias condições de temperatura e pressão.
Mas e se a Terra não for necessariamente o melhor planeta do Universo?
E se existirem ativos nos EUA, na Europa e na Ásia que trazem ganhos de diversificação ao investidor brasileiro?
A partir do momento em que relaxamos nossas premissas bairristas, passamos a enxergar dúzias de planetas fora do nosso sistema solar que apresentam condições ainda melhores do que as nossas para a existência de vida.
Alguns deles percorrem a órbita de estrelas mais longevas que o nosso Sol, outros são mais maduros, maiores, um pouco mais quentes nos polos, mais equilibrados entre seca e umidade, completamente fora da rota de asteroides.
Se estivermos sempre focados em encontrar uma Segunda Terra, vamos passar batidos por planetas que possam ser ainda melhores para viver do que a Terra.
Não somos a medida de todas as coisas.
Embora haja grandes oportunidades de lucro na Bolsa brasileira, o acesso complementar aos mercados gringos também nos interessa.
Além do lucro a ser auferido em cada um desses planetas estrangeiros, colheríamos também o máximo benefício da empatia universal.
Imagine um futuro em que o investidor terráqueo tenha uma fração do seu portfólio alocada em cada país do mundo, em cada planeta do Universo.
Possivelmente, este seria um futuro sem novas guerras frias, sem trade wars, no qual todos estariam torcendo por um mesmo time, ainda que heterogêneo.
Eu sei que, por ora, parece utopia. Mas não é uma utopia maior do que supor que somos os únicos seres vivos dentro de um universo de 90 bilhões de anos-luz de diâmetro.
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