Produção de açúcar do CS sobe 36,5% na 1ª quinzena de outubro; moagem desacelera
A moagem de cana na região, porém, registrou queda de 2,05% na comparação anual, totalizando 36,85 milhões de toneladas na primeira metade do mês (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)
A produção de 💥️açúcar do centro-sul do 💥️Brasil somou 2,61 milhões de toneladas na primeira quinzena de outubro, alta de 36,52% em relação a igual período do ano anterior, informou nesta terça-feira a União da Indústria da 💥️Cana-de-Açúcar (Unica).
A moagem de cana na região, porém, registrou queda de 2,05% na comparação anual, totalizando 36,85 milhões de toneladas na primeira metade do mês, o que representa uma desaceleração após o forte ritmo visto nos últimos meses, destacou a Unica.
“Entramos em um período de desaceleração no processamento de matéria-prima, visto o ritmo intenso da moagem dos últimos meses graças a estiagem”, afirmou em nota o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues.
Ele reafirmou que as consequências do prolongado período de estiagem devem começar a se refletir na produtividade da lavoura nos próximos meses.
Apesar do recuo no processamento quinzenal, a moagem acumulada na safra 2023/21 atingiu 538,13 milhões de toneladas, alta de 5,06% sobre igual período do ciclo 2023/20.
A produção acumulada de açúcar atingiu a marca de 34,67 milhões de toneladas, montante 45,92% superior ao total do mesmo período da safra passada.
“Do aumento total de 10,91 milhões de toneladas de açúcar observado até o momento, cerca de 8,08 milhões derivam da mudança do mix de produção e os outros 2,83 milhões resultam do avanço da moagem e da melhor qualidade da matéria-prima colhida”, disse Rodrigues.
Desde o início da safra 2023/21 até a primeira quinzena de outubro, 46,85% da cana foi destinada para a fabricação do adoçante, ante 35,26% no mesmo período de 2023.
A produção acumulada de açúcar atingiu a marca de 34,67 milhões de toneladas, montante 45,92% superior ao total do mesmo período da safra passada (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)
Considerando somente a primeira quinzena de outubro, o mix de matéria-prima para o açúcar desacelerou para 45,36%, abaixo também do percentual registrado nos 15 últimos dias de setembro, de 46,3%.
“A proporção de cana voltada à fabricação do açúcar permanece elevada a despeito da redução marginal de mix em relação a segunda quinzena de setembro, refletindo um movimento natural do ciclo agrícola, de maior direcionamento da matéria-prima para produção de etanol no último terço de safra”, explicou o diretor.
A qualidade da cana processada na primeira quinzena de outubro, mensurada a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), atingiu 164,04 kg por tonelada contra 154,25 kg verificados no mesmo intervalo da safra passada.
No acumulado do ciclo 2023/21, o ATR alcançou 144,32 kg de ATR por tonelada de cana, alta de 4,51%.
Em relação ao número de usinas em operação, a Unica informou que 239 unidades estavam em funcionamento até dia 1º de outubro de 2023, contra 234 um ano antes. No total, 24 unidades produtoras encerraram suas atividades de moagem até o momento.
Etanol
A fabricação total de etanol nas usinas sucroalcooleiras do centro-sul apurou queda de 10,42% no ano a ano, atingindo 2,06 bilhões de litros na primeira quinzena de outubro, ainda de acordo com os dados da Unica.
O volume de etanol produzido no acumulado da safra 2023/21 totalizou 25,57 bilhões de litros, 7,49% inferior ao registrado no último ciclo, com o anidro recuando 4,82% e o hidratado 8,64%.
A produção do biocombustível fabricado a partir do milho, entanto, mantém um ritmo ascendente, com 120,19 milhões de litros na quinzena e 1,27 bilhão de litros acumulados, o que representa acréscimo de 86,98% e 90% em relação à safra 2023/2020, respectivamente.
A fabricação total de etanol nas usinas sucroalcooleiras do centro-sul apurou queda de 10,42% no ano a ano (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras do Centro-Sul na primeira quinzena de outubro foi de 1,28 bilhão de litros.
A participação das exportações foi reduzida em relação a quinzena anterior visto que apenas 68,81 milhões de litros foram direcionados ao mercado externo e 1,21 bilhão de litros foram comercializados domesticamente.
No mercado interno, a comercialização de hidratado foi de 863,11 milhões de litros, redução de 14% em relação ao mesmo período no ciclo agrícola anterior.
💥️(Atualizada às 13h31)
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