Preço do milho sobe 28% em outubro e tem novo recorde no Brasil, diz Cepea
Segundo o Cepea, o mercado também está preocupado com os impactos da seca para a safra de verão (Imagem: REUTERS/Henry Romero)
O preço do 💥️milho bateu um recorde histórico no 💥️Brasil, com a cotação atingindo 81,48 reais por saca de 60 kg nesta terça-feira, o que apagou máxima anterior de 2007, de acordo com indicador referencial do Centro de Estudos Avançados em 💥️Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
No acumulado de outubro, o milho registra alta de 28,05%, segundo o Cepea, que citou em análise recente a retração de vendedores e a elevação dos valores nos portos de exportação diante da boa demanda como fatores para o avanço da cotação, além do aquecido consumo doméstico.
No acumulado de 12 meses, o milho praticamente dobrou de preço, conforme o indicador, que mede negócios do produto posto na região de Campinas (SP).
O recorde anterior, considerando a inflação do período, havia sido registrado em 30 de novembro de 2007, ficando alguns centavos abaixo do valor desta terça-feira.
Segundo o Cepea, o mercado também está preocupado com os impactos da seca para a safra de verão, que está sendo plantada, e por isso aqueles que têm milho estão segurando as vendas.
A alta na cotação tem pressionado produtores de aves e suínos e a indústria de carnes, uma vez que o milho é o principal componente da ração.
“Muitos compradores já demostram dificuldades em encontrar novos lotes de milho no spot e também indicam ter margens comprometidas diante do atual preço”, comentou o Cepea.
Diante disso, em meados deste mês, o governo anunciou a suspensão temporária das tarifas de importação de milho e soja para compras de fora do Mercosul.
“Contudo, ao avaliarem a viabilidade das importações (fora do Mercosul), demandantes se esbarram nas dificuldades logísticas e no dólar elevado”, disse o Cepea.
Eventuais compras com isenção de tarifa poderiam ser feitas nos Estados Unidos, segundo especialistas.
O Brasil tem lidado com preços recordes de diversos produtos agrícolas, incluindo o arroz e a arroba bovina.
O dólar forte frente ao real, além da boa demanda pelos produtos, está colaborando para impulsionar as cotações.
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