Rodolfo Amstalden:MBA sem encheção de linguiça ainda seria um MBA?
“O curso mais ‘vida real’ de análise de ações do mercado”, diz o colunista (Imagem: Murilo Constantino/Empiricus)
Depois de 11 anos de Empiricus, eu tenho a sorte de continuar aprendendo muito com as pessoas com quem eu trabalho.
O avô do Felipe dizia isso pra ele: se você está aprendendo, continue na empresa; se só está ensinando, procure outro lugar melhor, ou vai ficar estagnado.
Segunda-feira, o Veras me ensinou um conceito de gestão que os acadêmicos chamam de “Holocracia“. Para mim, esse é o único conceito de gestão possível.
Há vários corolários associados, mas quero focar aqui no seguinte:
Dentro de um sistema holocrático, dedicamos esforços apenas aos pontos de tensão gerados organicamente pelo próprio sistema.
Na Empiricus, não fazemos pesquisa de clima a cada trimestre, e não pregamos frases motivacionais na parede do escritório. Já estamos suficientemente climatizados e motivados, sem precisar costurar um sorriso artificial de orelha a orelha.
Também não vamos criar/procurar problemas onde não existem problemas, pois não estamos preocupados em mostrar que somos indispensáveis para a felicidade mundial.
Coincidentemente, essa sempre foi também a forma de trabalho do nosso research.
“Quem é o seu especialista em telecom?”
Ninguém precisa cobrir setor telecom se estivermos num momento em que as ações de teles perderam atratividade.
Estamos menos preocupados com “a melhor empresa com barreiras à entrada da Bolsa” e mais preocupados com a melhor empresa da Bolsa.
Em suma, research de sell side com cabeça de buy side.
Falamos de inflação se o IGP-M for um ponto de tensão, mas não brincamos de projetar inflação para o Relatório Focus a cada semana. Boys playing in a sandbox? Temos coisas bem importantes a fazer num mundo de recursos limitados.
Se você acha que estou falando disso também por causa do nosso novo MBA, você está certíssimo.
Se somos assim, nosso MBA vai ser assim também, pois tudo o que tocamos fica impregnado por nossos muitos pequenos defeitos e algumas grandes qualidades.
Desde o começo do projeto, definimos que o conteúdo programático do curso teria enormes barreiras à entrada de encheção de linguiça.
“O melhor curso com barreiras à entrada de encheção de linguiça do mercado.”
Pode chamá-lo assim.
Eu o chamo de o melhor curso de análise de ações do mercado, pois é o que eu quero que ele seja.
Sem arrogância aqui, é só uma meta mesmo. Meta pessoal e da empresa.
Por isso, pedimos a ajuda da Estácio e de dezenas de cabeças brilhantes do mercado (algumas citadas no Day One do Felipe), de modo a enriquecer exponencialmente o currículo.
Na verdade, pensando bem, nem acho que seja o melhor curso; o aluno é que vai ter que dizer isso, se é o melhor ou não. Mais importante que ele recomende para amigo é que recomende para si mesmo.
Acho apenas que é o curso mais real.
O curso mais “vida real” de análise de ações do mercado.
Por incrível que pareça, as aulas serão dadas por pessoas que entendem muito de teoria e que também trabalham no mercado.
Sim, essas pessoas existem, embora sejam obrigadas a viver em guetos (não podem viver em qualquer lugar).
Pessoas que não têm tempo a perder enrolando os alunos, e que gostariam de ter tido estas aulas quando foram enroladas lá atrás.
Bom, chega por hoje. O tempo acabou e eu já falei o que queria.
Obrigado por me acompanhar.
Quaisquer pontos de tensão remanescentes entre você e o MBA podem ser resolvidos a partir daqui.
O que você está lendo é [Rodolfo Amstalden:MBA sem encheção de linguiça ainda seria um MBA?].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
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