Dólar tem forte queda ante real de olho em disputa eleitoral apertada nos EUA

Dólar

Em meio a esse cenário, o dólar registrou queda de 1,80%, a 5,657 reais (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O 💥️dólar fechou em forte queda contra o real nesta quarta-feira, que foi marcada pela grande incerteza em relação à disputa eleitoral norte-americana entre o atual presidente, 💥️Donald Trump, e seu adversário democrata, 💥️Joe Biden, deixando os investidores à espera de um resultado claro sobre quem será o próximo líder da maior economia do mundo.

Mesmo sem a contabilização de todos os votos e sem previsão concreta de quando haverá um vencedor definitivo, Trump afirmou que ganhou e irá à Suprema Corte para lutar pela vitória se necessário.

Ele também afirmou nesta quarta-feira que cédulas “depositadas ilegalmente” não devem ser consideradas, e sua campanha ingressou com uma ação em Michigan para interromper a contagem de votos no Estado.

Seu adversário, Joe Biden, declarou estar otimista sobre a vitória e pediu que todos os votos sejam contados, sem importar quanto tempo isso irá levar.

Em meio a esse cenário, o dólar registrou queda de 1,80%, a 5,657 reais, seu menor patamar para encerramento desde 26 de outubro (5,6121) e sua maior desvalorização diária desde 28 de agosto (-2,927%).

Na💥️ B3 (💥️B3SA3), o dólar futuro de maior liquidez caía 1,70%, a 5,6640 reais.

Contra uma cesta das principais moedas, o dólar tinha alta de cerca de 0,3%, cedendo algum terreno depois de ter disparado mais de 1,2% nas negociações overnight.

O peso mexicano e o rand sul-africano, dois dos principais pares do real, se recuperavam, saltando cerca de 0,6% e 1,2%, respectivamente, depois de terem caído mais cedo.

Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, destacou a performance superior do real em relação a seus pares emergentes, o que atribuiu à falta de confirmação de uma ampla vantagem de Biden contra Trump & cenário que era projetado por boa parte dos mercados.

Ainda que uma “onda azul”, em que os democratas conquistariam a Casa Branca e uma maioria parlamentar, seja vista como um cenário positivo para ativos arriscados, principalmente devido à maior probabilidade de aprovação de novos estímulos fiscais nos EUA, o discurso de Trump está bem mais alinhado ao do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse Rostagno.

Já Roberto Motta, responsável pela mesa de futuros da 💥️Genial Investimentos, argumentou que mesmo uma vitória de Biden poderia ter resultados positivos para o Brasil, uma tendência que vários analistas têm projetado para os mercados emergentes mais amplos.

“A plataforma do Biden será de gerar gastos de bilhões de dólares em infraestrutura, impulsionar a compra de commodities” e melhorar as relações comerciais dos 💥️Estados Unidos, disse, acrescentando que o fato de o Brasil ser a maior economia da América Latina seria motivo para uma aproximação de Biden, com suas divergências políticas em relação a Bolsonaro ficando em segundo plano.

Até o momento, a maioria dos especialistas citou a possibilidade de uma judicialização do resultado das eleições como o principal risco no curto prazo, uma vez que esse cenário prolongaria a incerteza sobre quem assumirá a chefia da Casa Branca.

Enquanto isso, “tudo leva a crer que passada a concentração de atenção na eleição americana, ganhará dimensão maior no mundo a ‘retomada’ da crise da pandemia em seu segundo ciclo e as medidas de ‘lockdown’ e reações”, disse Sidnei Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora. “No Brasil aflorarão as discussões políticas em torno da crise fiscal, no primeiro momento.”

As dúvidas sobre como o governo financiaria um programa de assistência social sem furar o teto de gastos têm concentrado as atenções dos investidores locais, que também seguem descontentes com o caminhar da agenda de reformas estruturais.

Esse cenário, somado ao patamar extremamente baixo da taxa Selic e a um crescimento econômico fraco, contribuem para deixar o dólar em alta de quase 41% contra o real no ano de 2023.

No lado positivo, analistas citavam como promissora a notícia de que o Senado aprovou na terça-feira a proposta que confere autonomia formal ao Banco Central, de forma a garantir que a instituição possa atuar sem risco de interferência político-partidária.

O Bradesco disse em nota que a autonomia “deve contribuir para reduzir a volatilidade macroeconômica no Brasil”.

A proposta segue agora para apreciação da Câmara dos Deputados.

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