Petróleo: mercado ignorou Trump na semana passada e hoje compra o risco, mas sob pressão da demanda
Petróleo encontra força para recuperar perdas da sexta (Imagem: Pixabay)
O tombo possível das commodities, em especial o 💥️petróleo, diante da judicialização das apurações da eleição presidencial dos Estados Unidos e da recusa de 💥️Donald Trump em aceitar a derrota não aconteceu na semana que passou.
A tensão pairava, mas para surpresa não houve fuga para ativos mais seguros e os derivativos ficaram presos aos seus fundamentos. No caso do petróleo, em particular, sob a volatilidade imposta pelo cenário da 💥️covid-19.
O barril do Brent, em Londres, perdeu 3,6% na sexta (6), abaixo de US$ 40, mas fechou em mais de 5% a semana. E o WTI, referenciado nos 💥️Estados Unidos, caiu 4,2% (US$ 37,46), e ganhou 3,8%, respectivamente.
O mercado em torno do negócio de energia reconhece que o plano de baixo carbono do vitorioso 💥️Joe Biden não é para o dia seguinte à posse, em 20 de janeiro, sobretudo o freio à expansão de novas perfurações de poços de petróleo e aumento do mandato da mistura de etanol anidro à gasolina. Só a possibilidade de impor restrições para combate à pandemia é imediata.
Mas o curto prazo é o que segue no radar e nesta segunda (9) os investidores estão comprando o risco depois que o pior da tensão ficou para trás. O óleo cru avança mais de 6%, a US$ 42, às 8h57 (Brasília).
O presidente Trump ainda pode não fazer a poeira baixar, inclusive sob risco de distúrbios pelos seus apoiadores, mas as chances de uma reviravolta da vitória de Joe Biden ficaram praticamente a zero.
Enquanto não se espera nenhuma ação de Trump no combate à pandemia que voltou a crescer nos Estados Unidos, as atenções ficam voltadas para o que ele fará com o plano de ajuda à economia, que vinha sendo negociado com a Câmara democrata, e, também, seus próximos lances na disputa comercial com a China.
Essas emergências deixam 20 de janeiro algo distante.
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