Pandemia impulsiona crescimento de startup de diagnóstico Hilab
Uma amostra do sangue dos pacientes é misturada com reagentes fornecidos pela própria companhia e então inserida no aparelho (Imagem: Reuters/Divulgação Hilab)
A 💥️startup brasileira do setor de saúde diagnóstica 💥️Hilab viu a demanda por exames disparar durante a pandemia de 💥️Covid-19, acelerando seu crescimento e desafiando laboratórios tradicionais.
A “healthtech”, antiga Hi Technologies, desenvolveu um pequeno dispositivo, também chamado Hilab, que age como um laboratório diagnóstico portátil, realizando exames com apenas algumas gotas de sangue.
Após a coleta, uma amostra do sangue dos pacientes é misturada com reagentes fornecidos pela própria companhia e então inserida no aparelho. Este então lê os dados da amostra e os encaminha através da 💥️internet para serem analisados por algoritmos de 💥️inteligência artificial em nuvem.
Uma equipe de biomédicos localizada no único laboratório físico da empresa em 💥️Curitiba (PR) valida os resultados e envia o laudo para o paciente via email, mensagem ou pelo próprio aplicativo da Hilab. O processo completo dura cerca de 15 minutos.
A empresa já comercializa 20 exames realizados em seu dispositivo, incluindo de detecção de anticorpo contra Covid-19, HIV, dengue, zika e hepatite. Este ano, até outubro, a Hilab realizou cerca de 2 milhões de exames individuais, com número de pacientes aumentando quase 50 vezes em relação ao ano anterior.
Fundada em 2016, a startup prevê receita de cerca de 200 milhões de reais em 2023 e mira chegar em 500 milhões de reais no próximo ano. A Hilab não divulgou o faturamento exato de 2023, mas informou que ficou abaixo de 100 milhões de reais.
Os baixos custos logísticos causados pela ausência do transporte das amostras, segundo o cofundador e presidente-executivo da Hilab, Marcus Figueiredo, são uma grande vantagem para a companhia, que pode oferecer os exames a um preço competitivo.
“A agilidade no diagnóstico, bem como o preço inferior, são importantes, já que 70% das decisões médicas se baseiam nos resultados de exames laboratoriais”, afirmou.
O dispositivo da empresa é utilizado por cerca de 1,6 mil empresas e instituições, incluindo redes de farmácias, como 💥️Pague Menos (💥️PGMN3) e 💥️Panvel (💥️PNVL3; 💥️PNVL4); planos de saúde, incluindo da Porto Seguro e Unimed; além de unidades ligadas ao 💥️Sistema Único de Saúde (💥️SUS).
Figueiredo disse que o quadro de funcionários da empresa passou de pouco menos de 100 pessoas para 215 ao longo de 2023, para acompanhar o ritmo de sua expansão.
Biologia molecular
No novo modelo, será realizado o exame que detecta o antígeno do coronavírus (Imagem: Divulgação/Hilab)
A empresa está lançando a segunda geração de seu dispositivo, o Hilab Molecular, que realiza exames por meio de biologia molecular, utilizando também amostras de saliva e obtidas por meio de swab nasal.
No novo modelo, será realizado o exame que detecta o antígeno do coronavírus, podendo determinar se o vírus está ativo no paciente.
No começo do ano, a Hilab concluiu rodada de investimento de cerca de 10 milhões de reais, que a avaliou em quase 300 milhões de reais. A companhia recebeu aportes da Península Participações, family office do empresário Abilio Diniz, e da norte-americana Endeavor Catalyst.
A gestora de venture capital Monashees, um fundo da Positivo Tecnologia e o braço de investimentos da 💥️Qualcomm, que já possuíam participações na companhia, também fizeram novos aportes.
Além de estar se preparando para uma nova rodada, que pode indicar um salto em seu valor após a aceleração de seu crescimento em 2023, a Hilab ensaia uma expansão internacional.
A empresa realizou nos últimos meses pilotos na 💥️Espanha e nos 💥️Estados Unidos, mas, de acordo com Figueiredo, ainda terá que enfrentar o desafio regulatório para realizar exames no exterior com um laboratório localizado no Brasil.
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