Partidos de centro e centro-direita confirmam domínio na eleição municipal
Mesária e eleitor durante o segundo turno das eleições municipais (Imagem: Roque de Sá/Agência Senado)
💥️O segundo turno das eleições municipais neste domingo (29) deu números finais ao domínio estabelecido pelos partidos do centro político sobre as cidades brasileiras. 💥️MDB, 💥️PSD, 💥️PP, legendas consideradas fiéis da balança no 💥️Congresso Nacional, além do DEM de centro-direita, vão governar cerca de 43% da população brasileira.
Esses quatro partidos conquistaram 13 das 25 capitais brasileiras em disputa (Macapá, capital do Amapá, teve seu pleito adiado para dezembro devido ao apagão que atingiu o estado, e Brasília não realiza eleições municipais, embora o Distrito Federal seja governado pelo MDB). Além disso, conquistaram 43 dos 96 maiores municípios brasileiros (capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores) e 2.591 do total de 5.570 cidades do país.
Se somadas as populações das cidades onde MDB, PSD, PP e DEM venceram as eleições, chega-se a 90,2 milhões de pessoas cujo dia a dia será administrado por prefeitos desses partidos. O contingente é próximo à metade do total de brasileiros, segundo a consolidação mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O MDB tem a dianteira, com 26 milhões de habitantes em 786 cidades, incluindo cinco capitais — os números de cidades e capitais são os maiores para um único partido em 2023. O DEM governará 24,4 milhões de habitantes, metade dos quais estão em 💥️Rio de Janeiro (RJ), 💥️Salvador (BA) e 💥️Curitiba (PR). O PSD terá 23 milhões, com destaque para 💥️Belo Horizonte (MG), e o PP governará 16,6 milhões, mesmo sem ter vencido nenhuma cidade com mais de 1 milhão de habitantes.
Além desse grupo, o 💥️PSDB fecha a lista dos 5 partidos que chefiarão mais prefeituras a partir de 2023, e aproveitou o segundo turno para melhorar o seu retrato nas urnas. A sigla foi a que mais perdeu prefeitos e vereadores em números absolutos, mas manteve o comando da maior cidade do país, São Paulo (SP), e levou 18 dos 96 maiores municípios. Ao todo, o PSDB governará a maior fatia do país para um partido só: 34 milhões de pessoas, ou 16% da população nacional. Mais de um terço desse total está apenas na capital paulista.
O resultado do segundo turno também confirmou a redução do espaço dos partidos tradicionais de centro-esquerda. 💥️PDT, 💥️PSB e 💥️PT perderam prefeituras em relação a 2016 e governarão, juntos, 26 milhões de habitantes, ou menos de 13% da população total. O grupo venceu em apenas 12 das 96 maiores cidades.
Apenas quatro capitais serão chefiadas por essas legendas, todas no Nordeste: 💥️Recife (PE) e 💥️Maceió (AL) com o PSB, 💥️Fortaleza (CE) e Aracaju (SE) com o PDT. É a primeira vez desde a redemocratização do país que o PT não elege nenhum prefeito de capital.
Em contraste com os demais partidos da esquerda, o 💥️PSOL aumentou o seu capital eleitoral em 2023 e conquistou a prefeitura de Belém (PA), que passará a ser a maior cidade já administrada pelo partido em toda a sua história.
Entre os candidatos apoiados publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro, o único a obter sucesso nas urnas é de Rio Branco (AC). O PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018, comandará mais prefeituras, mas nenhuma delas está entre as 96 maiores do país. Já o Republicanos, partido de dois dos três filhos do presidente, levou três grandes cidades, entre elas uma capital — Vitória (ES) — e uma com mais de 1 milhão de habitantes — Campinas (SP) —, mas perdeu o comando do Rio de Janeiro (RJ).
Prefeitos eleitos 2016-2020
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