Os 10 principais riscos internacionais para o investidor ficar de olho em 2023
O presidente eleito Joe Biden pode enfrentar desafios nunca antes vistos por um líder do Grupo dos Sete, com cerca de metade do país vendo sua liderança como ilegítima (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst/File Photo)
O aprofundamento das divisões nos 💥️EUA à medida que o presidente 💥️Donald Trump se recusa a aceitar o resultado da eleição está no topo da lista dos 💥️principais riscos aos mercados em 2023, e supera até mesmo a pandemia e seu impacto na economia, segundo a Eurasia.
O presidente eleito 💥️Joe Biden pode enfrentar desafios nunca antes vistos por um líder do Grupo dos Sete, com cerca de metade do país vendo sua liderança como ilegítima, disseram o presidente da 💥️Eurasia, Ian Bremmer, e o chairman, Cliff Kupchan, em nota.
Os países em desenvolvimento demoram para receber as doses da vacina, o que atrasa a recuperação e aumenta o risco de uma crise de dívida. Brasil, África do Sul e Turquia provavelmente serão os primeiros a ter dificuldades nos mercados emergentes, devido a suas grandes economias, fundamentos fracos e dependência de capital internacional.
Segue a lista com os principais riscos:
1. Divisão dos EUA
Recusa de Trump em aceitar o resultado da eleição ressalta uma profunda divisão nos EUA. Embora Biden possa ganhar algum capital político com os republicanos se uma distribuição tranquila das vacinas ajudar a controlar a pandemia, ele ainda enfrenta sérios desafios.
2. Vírus persistente
As vacinas devem ajudar o mundo a recuperar o senso de normalidade em 2023, mas a Eurasia espera que “os países tenham dificuldades para cumprir os cronogramas de vacinação, e a pandemia deixará um legado de dívida pública elevada, trabalhadores deslocados e confiança perdida”.
A falta de infraestrutura em mercados emergentes retardará o progresso da vacinação, especialmente para vacinas que devem ser mantidas em refrigeração.
Além disso, os países em desenvolvimento não receberão um grande número de doses até que seus pares mais ricos recebam sua parte, o que significará restrições de viagens mais duras e crescimento econômico lento.
3. Onda verde
Com os EUA prestes a se juntarem às metas de emissão de carbono líquido zero e outras iniciativas climáticas sob a liderança de Biden, “haverá custos para empresas e investidores de uma maior ambição climática e riscos de superestimar como os novos planos climáticos coordenados serão”, de acordo com a Eurasia.
💥️ China, 💥️União Europeia, 💥️Reino Unido, 💥️Japão, 💥️Coreia do Sul e 💥️Canadá também estão empenhados em tornar suas economias mais verdes.
A competição entre os EUA e a China será o centro das atenções à medida que o fluxo de informações digitais através das fronteiras diminui (Imagem: REUTERS/Jason Lee)
4. Tensão mais ampla EUA-China
Embora a relação entre as principais economias do mundo deve ser menos conflituosa em 2023, as tensões podem reacender devido a um transbordamento de estresse dos EUA para seus aliados, a competição para distribuir vacinas para outros países e uma rivalidade em tecnologias verdes.
5. Informações digitais
A competição entre os EUA e a China será o centro das atenções à medida que o fluxo de informações digitais através das fronteiras diminui, pesando sobre as empresas que dependem de dados.
Pequim provavelmente continuará reduzindo sua dependência de tecnologia externa, enquanto os EUA trabalham para manter as informações pessoais de seus cidadãos seguras.
6. Riscos cibernéticos
O potencial para ataques e dados roubados aumentou à medida que mais pessoas acessam a tecnologia em casa e tanto os governos quanto o setor privado praticamente não fazem progresso na redação de regras globais para o comportamento do Estado no ciberespaço.
Também pode ser causa de uma desaceleração nas relações entre os EUA e a Rússia, já que Biden chega à presidência com uma tolerância menor.
7. Turquia no limite
Embora a Turquia tenha conseguido evitar uma crise no ano passado, o país continua vulnerável em 2023, de acordo com a Eurasia. O presidente Recep Tayyip Erdogan pode novamente enfrentar pressão no segundo trimestre e buscar estimular a expansão. Fazer isso pode gerar tensões sociais.
8. Ano difícil para o petróleo
Os protestos podem se intensificar e as reformas podem desacelerar, já que as nações produtoras de energia do Oriente Médio e do Norte da África enfrentam novos desafios.
O Iraque, que obtém a maior parte de sua receita governamental do petróleo, terá dificuldades para cobrir os gastos básicos ou impedir a desvalorização de sua moeda. A Argélia realizará eleições, mas os baixos preços da energia dificultarão a reforma do governo.
9. O Legado de Merkel
A chanceler alemã, Angela Merkel, tem sido a líder mais importante da Europa, e sua saída no final deste ano aumentará o risco do continente, pois enfraquece a liderança do bloco, de acordo com a Eurasia.
10. América Latina em apuros
As nações latino-americanas podem encontrar versões mais acentuadas das questões políticas, sociais e econômicas que enfrentaram antes da pandemia.
Esses riscos ocorrerão por meio de eleições legislativas na 💥️Argentina e no 💥️México, bem como de votos presidenciais no 💥️Equador, 💥️Peru e 💥️Chile. O incômodo social pode levar a mais candidatos populistas, especialmente no Equador, onde o abandono da moderação pode prejudicar o programa do FMI e a estabilidade econômica do país.
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