Agro ainda sobrará em caso de risco Brasil maior, mas renegociação de exportações preocupa StoneX
Oferta brasileira de commodities tem garantia de compra crescente e inibe outros riscos (Imagem: YouTube/BrasilAgro)
A demanda crescente por 💥️commodities com a 💥️China na ponta, à exceção do 💥️café que depende pouco desse mercado, ainda deverá ser fator de estabilidade para as cadeias da 💥️soja, 💥️milho, 💥️algodão e até 💥️açúcar, ante qualquer desestabilização (maior) que a economia brasileira venha a sofrer de ordem política ou por atraso na imunização conta a 💥️covid-19.
Aliada ao 💥️dólar mais alto, refúgio tradicional nessas horas, e que reforça o apetite dos importadores, principalmente se mantendo a relação de troca favorável na compra de insumos dolarizados.
O maior teste que o agronegócio exportador de produtos primários deverá passar em 2023 é pelo risco de oportunismo de os exportadores ficarem tentados a renegociar contratos, “jogando valores e volumes para outros anos tentando aproveitar preços melhores”, avalia Glauco Monte, diretor de Commodities da StoneX.
Também não estão descartados o 💥️“wash outs”, cancelamento de embarques com recompra de contratos, coisa que ele viu tradings fazendo para manter o milho no mercado interno o ano passado.
Situações que geram insegurança entre os grandes clientes e que a StoneX está captando por ser empresa global de serviços financeiros e consultoria, com clientes em todas as pontas.
Quanto a risco Brasil, via tensões em torno do 💥️governo e 💥️Congresso, adicionados à demora do achatamento dos contágios, Monte ainda vê o cenário administrável para a agricultura.
Apesar de efeitos colaterais em outras áreas que vêm juntos – inflação e economia ainda patinando – a procura internacional e chinesa e o câmbio favorável, deixando nossos produtos mais baratos, seguirão o mesmo padrão de 2023.
Inclusive a antecipação de recursos para produção, conhecido como barter, quando os players de insumos, redes de revendas e tradings se garantem com o recebimento em produtos, não necessariamente pode ser ameaçado, acredita Monte. A StoneX estima entre 30% e 40% a participação desses recursos que chegam antes para o produtor, diante de custos dolarizados na casa de 40%.
E para este ano, ou safra 20/21, já foram desembolsados, e que, por exemplo, já não correm mais o perigo de entrarem em perspectiva de redução por parte desses grupos caso eles ficassem temerosos em captar recursos no mercado financeiro para esse tipo de empréstimo.
Além disso, reforça o consultor e analista, a demanda está aí também, assegurando ganhos contra qualquer nível de instabilidade mais aguda.
Mas se houver, de fato, um descarrilamento do cenário doméstico, como já há alertas sendo dados por alguns analistas, Glauco Monte ainda arrisca a deixar o agronegócio de fora.
“Isto é o Brasil e estão (investidores em geral do setor) acostumados”, complementa.
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