Chuvas beneficiam lavouras de soja e milho da Argentina

As chuvas proporcionaram algum alívio, mas a situação ainda não é a ideal (Imagem: Pixabay)

As lavouras 💥️argentinas de 💥️soja e 💥️milho foram beneficiadas com chuvas recentes e há expectativa de novas precipitações que poderiam melhorar lentamente os rendimentos das safras, depois que as culturas foram ameaçadas por um clima seco no início da temporada, disseram especialistas locais nesta quinta-feira.

As preocupações sobre quebra de produção no terceiro maior país exportador de milho e líder em farelo de soja, em meio ao aperto na oferta global de grãos e oleaginosas, levaram os futuros de referência do cereal, da oleaginosa e do trigo aos níveis mais altos na bolsa de Chicago desde pelo menos 2014.

A crescente demanda por grãos para ração na China, o maior importador mundial da commodities, impulsionou ainda mais o rali.

As colheitas foram ajudadas por nuvens espalhadas nos últimos dias e há expectativas de mais chuvas. Resta saber se as próximas chuvas serão suficientes para proporcionar bons rendimentos agrícolas.

“As chuvas proporcionaram algum alívio, mas a situação ainda não é a ideal”, disse German Heinzenknecht, especialista em clima da consultoria local Applied Climatology.

“O abastecimento de água continua apertado, embora esperemos chuvas no fim de semana em grandes partes do cinturão agrícola, concentradas em áreas ao norte como o centro-norte de Santa Fé, norte de Córdoba e norte da província de Buenos Aires”, disse ele à Reuters.

A safra de trigo da Argentina é estimada em 17 milhões de toneladas, acima dos 16,5 milhões previstos em dezembro, graças aos rendimentos recordes na província de Buenos Aires, disse a bolsa de grãos de Rosário na quarta-feira.

A bolsa espera 47 milhões de toneladas de soja nesta safra e 46 milhões de toneladas de milho.

“Esperamos chuvas com melhor frequência nos próximos 45 dias, o que ajudaria na produtividade”, disse Heinzenknecht. Os piores efeitos do fenômeno climático La Niña, que tende a gerar seca na Argentina, ocorreram em novembro e dezembro, acrescentou.

Mas outros analistas foram mais cautelosos. “As chuvas ajudaram, mas é necessário mais umidade regularmente em uma área mais ampla. Ainda não está claro se isso vai acontecer”, disse Gustavo Lopez, da consultoria local AgriTrend.

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