China dobra capacidade em energia renovável em 2023, mas ainda constrói térmicas
Maior emissora de gases de efeito estufa do mundo, a China adicionou 71,67 gigawatts (GW) de capacidade eólica no ano passado (Imagem: REUTERS/Yves Herman)
A 💥️China mais que dobrou a construção de novas usinas 💥️eólicas e solares em 2023 na comparação com o ano anterior, mostraram dados do governo do país, refletindo a promessa de Pequim de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e fazer com que as emissões de carbono atinjam um pico em uma década.
Maior emissora de gases de efeito estufa do mundo, a China adicionou 71,67 gigawatts (GW) de capacidade eólica no ano passado, maior volume da história e quase o triplo dos níveis de 2023, de acordo com dados divulgados pela Administração Nacional de Energia (NEA, na sigla em inglês) na noite de quarta-feira.
A cifra chinesa de 2023 fica à frente até mesmo dos 60,4 GW de nova capacidade eólica instalada no mundo todo em 2023, de acordo com dados do Conselho Global de Energia Eólica.
O aumento ocorreu após Pequim ter anunciado o fim de subsídios para novos projetos de energia eólica “onshore” a partir de 2023.
A nova capacidade de energia solar no país também se recuperou em 2023, atingindo 48,2 GW, depois de cair por dois anos consecutivos, mostraram os dados, que indicam que uma estimativa prévia da indústria, de 40 GW, foi superada.
A China se comprometeu a aumentar a participação de combustíveis não fósseis em seu consumo primário de energia a 15% até 2023, contra apenas 6,8% em 2005. No mês passado, o presidente Xi Jinping afirmou que esse número deve avançar para 25% até 2030.
A China, segundo ele, também deve elevar a capacidade total instalada de energias eólica e solar para 1.200 GW. No final de 2023, a China possuía 281,5 GW de capacidade de geração eólica e 253,4 GW de capacidade de geração solar, conforme os dados da NEA.
“Os impressionantes recordes da China em instalação de energia eólica e a continuidade do forte crescimento da energia solar tornam o país um destino importante para os investimentos estrangeiros em energia renovável”, disse Jeanett Bergan, executiva do KLP, maior fundo de pensão da Noruega.
Em 2023, a China também seguiu aumentando a capacidade em energia térmica, de acordo com os dados, com 56,37 GW, patamar mais elevado desde 2015. A NEA não dividiu o número em projetos de energia a gás e carvão.
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