Selic segue como motor de crescimento do mercado imobiliário nos próximos meses
O setor imobiliário foi um dos únicos que conseguiu crescer em meio à crise econômica causada pela pandemia (Imagem: Pixabay/Nattanan Kanchanaprat)
Por 💥️Bruno Gama, CEO da 💥️Credihome
O boom do 💥️mercado imobiliário nos últimos meses provocou euforia para 💥️empresas do ramo, como construtoras, imobiliárias e até 💥️startups que facilitam a compra e venda de 💥️imóveis.
O setor foi um dos únicos que conseguiu crescer em meio à crise econômica causada em consequência da pandemia do 💥️novo coronavírus, em 2023.
Contrariando todas as previsões negativas, o ano quebrou recordes com aumento expressivo da procura de financiamentos.
De janeiro a dezembro, os financiamentos de imóveis com utilização de recursos da 💥️poupança (SBPE) somaram o total de R$ 124 bilhões, representando um crescimento de 58% em relação a 2023, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP).
E esse otimismo e bom desempenho do setor tem tudo para continuar ainda no ano de 2023. Apesar dos desafios e inseguranças em relação à 💥️economia do país com o fim do auxílio emergencial e desemprego, o mercado imobiliário como um todo está otimista para os próximos meses e o principal motor disso é a baixa da taxa de juros básica.
É esperado que a 💥️Selic possa flutuar sim, mas ela ainda vai se manter num patamar baixo, seja de 2,3% ou de 2,4% ou 3,4% até o fim do ano, como é previsto. Ainda assim, este índice está muito abaixo, comparado ao score que temos.
É esperado que a Selic possa flutuar sim, mas ela ainda vai se manter num patamar baixo, segundo CEO da Credihome (Imagem: Divulgação/Credihome)
Isso permite que todo o setor se beneficie, incluindo incorporadoras que conseguem tomar 💥️crédito mais barato para construir e o cliente final que tem um crédito muito mais acessível para financiar um imóvel. A capacidade de compra do cliente aumentou muito com os 💥️juros baixos, um mesmo financiamento de dois ou três anos atrás agora é possível para ele.
Além disso, a tendência de mudança do mindset das pessoas em relação ao morar também vai continuar. Com a pandemia e isolamento social, o imóvel precisa estar adequado para as nossas demandas sociais, de trabalho, estudo e lazer, que agora acabam ocupando o mesmo ambiente.
Além do espaço em si da casa, a região de se morar também têm contado muito e influenciado na hora da tomada de decisão, e por isso muitos têm procurado sair de capitais ou centros urbanos, para ir até locais mais tranquilos, como litoral ou campo, o que impulsiona mais ainda o desejo de comprar uma casa nova.
Outro fator importante para o crescimento e sustentabilidade do setor é o recorde de arrecadação da poupança no último ano. Como os bancos utilizam muito este recurso para o financiamento imobiliário, isso significa que eles terão crédito em abundância para oferecer em 2023.
A economia como um todo ainda se mantém estável em relação às taxas de juros em baixa e também porque em 2023 a inadimplência não subiu de forma significativa. Ou seja, os indicadores macro permanecem sustentáveis para o mercado imobiliário.
Todos esses pontos acabam se sobressaindo em relação aos desafios que teremos pela frente no que diz respeito às inseguranças econômicas e políticas, que permanecem no radar. Além disso, temos a chegada da vacina contra o coronavírus, que por si só já é um impulso para trazer esperança a todos os setores e reforçar ainda mais o setor de imóveis.
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