Ministério da Saúde quer comprar mais 30 milhões de doses da CoronaVac
Procurado, o Butantan disse que recebeu o ofício do Ministério da Saúde e que está avaliando a manifestação da pasta (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)
O 💥️Ministério da Saúde manifestou intenção de comprar mais 30 milhões de doses da 💥️CoronaVac do💥️ Instituto Butantan, informou a pasta em comunicado nesta sexta-feira, um dia depois de acusar o Butantan de não cumprir o cronograma de entrega da vacina contra 💥️Covid-19.
A intenção foi manifestada em ofício enviado ao Butantan na quinta-feira, no qual pede ao instituto ligado ao governo do Estado de💥️ São Paulo que manifeste-se sobre se tem a intenção de fazer esse fornecimento adicional e apresente um cronograma de entrega dessas doses entre os meses de outubro e dezembro deste ano.
“Os 30 milhões se somam aos 100 milhões de doses já contratadas pelo Ministério da Saúde junto à Fundação Butantan, com previsão de entrega ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) de forma escalonada até setembro deste ano”, disse a pasta em nota.
O Butantan, responsável pelo envase no Brasil do imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês 💥️Sinovac, disse que recebeu o ofício do Ministério da Saúde e que está avaliando a manifestação da pasta.
A intenção de compra do governo federal foi apresentada depois de mais uma troca de acusações entre o Butantan e o Ministério da Saúde, depois que o secretário-executivo da Saúde, Élcio Franco, responsabilizou o Butantan pelo atraso no cronograma de entrega de 💥️vacinas aos Estados em fevereiro.
Desde o início dessa semana, vária cidades do país tiveram que interromper o cronograma de vacinação porque o ministério não entregou as doses previstas.
“Até o início dessa tarde nós tínhamos a previsão de 9,3 milhões de doses de vacinas a serem fornecidas pelo instituto Butantan. Infelizmente, recebemos a notícia de que vão nos entregar apenas 30% dessas doses”, disse Franco em vídeo distribuído pelo ministério.
“Agora teremos que rever os grupos prioritários e rever quem poderá ser imunizado e refazer nosso planejamento. Fica muito difícil planejar sem ter a confirmação do que vamos receber,” acrescentou.
Em nota, o Instituto respondeu ao ministério lembrando o atraso na entrega de insumos por parte da China, de onde vem o material da CoronaVac.
“O Ministério da Saúde omite e ignora fatos em seu comunicado oficial. Deixa de informar que, como é de conhecimento público, o desgaste diplomático causado pelo governo brasileiro em relação à China provocou atrasos no envio da matéria-prima necessária para a produção da vacina. Além disso, não houve qualquer empenho da União na liberação dos insumos junto ao governo chinês. Mesmo assim, 9 em cada 10 vacinas contra o coronavírus usadas atualmente na rede pública são do Instituto Butantan”, disse o Instituto.
Em nota, o Instituto respondeu ao ministério lembrando o atraso na entrega de insumos por parte da China, de onde vem o material da CoronaVac (Imagem: REUTERS/Murad Sezer)
De acordo com uma fonte ouvida pela 💥️Reuters, as instruções recebidas pela diplomacia brasileira eram de se empenhar pela liberação dos insumos para produção da vacina da 💥️AstraZeneca, que está sendo envasada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Não houve trabalho do 💥️governo federal pela CoronaVac, segundo a fonte.
No vídeo, o secretário-executivo da Saúde disse ainda que, por conta dos atrasos do Butantan e para garantir o cronograma, o governo federal está negociando vacinas com outros fornecedores. Nenhum desses, no entanto, tem autorização para uso emergencial no país.
Os laboratórios Pfizer, Bharat Biotech e União Química & este representante da russa Sputnik V& já entraram com pedidos de autorização na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o processo não foi finalizado.
💥️(Atualizada às 10h47)
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