Google vê briga interna entre inteligência artificial e humana; entenda
O Google se recusou a comentar sobre a reunião de sexta-feira (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)
O 💥️Google (💥️GOOGL), da 💥️Alphabet, mudará os procedimentos antes de julho para revisar o trabalho de seus cientistas, de acordo com a gravação de uma reunião ouvida pela 💥️Reuters, movimento que faz parte de um esforço para conter a agitação interna sobre a integridade de sua pesquisa em 💥️inteligência artificial (IA).
Em comentários em uma reunião de equipe na sexta-feira passada, executivos do Google Research disseram que estavam trabalhando para reconquistar a confiança depois que a empresa demitiu duas mulheres proeminentes e rejeitou o trabalho delas, de acordo com uma gravação de 1 hora, cujo conteúdo foi confirmado por duas fontes.
As equipes já estão testando um questionário que avaliará os riscos dos projetos e ajudará os cientistas a navegar pelas análises, disse a diretora operacional da unidade de pesquisa Maggie Johnson na reunião.
Essa mudança inicial será implementada no final do segundo trimestre, e a maioria dos documentos não exigirá verificação extra, afirmou a executiva.
A 💥️Reuters relatou em dezembro que o Google havia apresentado uma revisão de “tópicos sensíveis” para estudos envolvendo dezenas de questões, como 💥️China ou preconceito em seus serviços.
Revisores internos exigiram que pelo menos três artigos sobre IA fossem modificados para evitar colocar a tecnologia do Google em uma luz negativa, informou a Reuters.
Jeff Dean, vice-presidente sênior do Google que supervisiona a divisão, disse na sexta-feira que a revisão “de tópicos delicados” é e era confusa “e que ele encarregou um diretor sênior de pesquisa, Zoubin Ghahramani, para esclarecer as regras, de acordo com a gravação.
A Reuters relatou em dezembro que o Google havia apresentado uma revisão de “tópicos sensíveis” para estudos envolvendo dezenas de questões (Imagem: Unsplash/@mitchel3uo)
Ghahramani, um professor da Universidade de Cambridge que ingressou no Google em setembro vindo da Uber Technologies, disse durante a reunião: “Precisamos estar confortáveis com esse desconforto” da pesquisa autocrítica.
O Google se recusou a comentar sobre a reunião de sexta-feira.
Um e-mail interno, visto pela Reuters, deu novos detalhes sobre as preocupações dos pesquisadores do Google, mostrando exatamente como o departamento jurídico do Google modificou um dos três documentos de IA, chamado “Extraindo dados de treinamento de grandes modelos de linguagem”.
O e-mail, datado de 8 de fevereiro, de um coautor do paper, Nicholas Carlini, foi enviado a centenas de colegas, buscando chamar sua atenção para o que ele nomeou de edições “profundamente insidiosas” de advogados da empresa.
“Vamos ser claros aqui”, dizia o e-mail de aproximadamente 1.200 palavras. “Quando nós, como acadêmicos, escrevemos que temos uma ‘preocupação’ ou encontramos algo ‘preocupante’ e um advogado do Google exige que mudemos para soar melhor, isso é muito mais um Big Brother intervindo.”
As edições necessárias, de acordo com seu e-mail, incluíam trocas de “negativo para neutro”, como mudar a palavra “preocupações” para “considerações” e “perigos” para “riscos”. Os advogados também exigiram a exclusão de referências à tecnologia do Google; da descoberta dos autores de que a IA vazou conteúdo protegido por direitos autorais; e as palavras “violação” e “sensível”, dizia o e-mail.
Carlini não respondeu aos pedidos de comentários. O Google, em resposta a perguntas sobre o e-mail, contestou sua alegação de que os advogados estavam tentando controlar o tom do documento.
A empresa disse que não teve problemas com os tópicos investigados pelo paper, mas encontrou alguns termos jurídicos usados de forma imprecisa e conduziu uma edição completa como resultado.
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