Brasília em Off: ritmo da vacinação definirá futuro do auxílio

Dinheiro Auxílio emergencial

Se os grupos prioritários estiverem imunizados até o final de junho e o contágio cair, poderia haver apenas o pagamento de um valor residual aos mais vulneráveis (Imagem: Agência Câmara/Reprodução)

O 💥️Ministério da Economia trabalha com dois cenários para uma eventual prorrogação do 💥️auxílio emergencial além das quatro parcelas já previstas para 2023.

Tudo dependerá do ritmo de vacinação no país. Se os grupos prioritários estiverem imunizados até o final de junho e o contágio cair, poderia haver apenas o pagamento de um valor residual aos mais vulneráveis com a edição de uma nova emenda constitucional.

Mas se houver um recrudescimento ainda maior da pandemia, a solução seria acionar o mecanismo de calamidade criado pela PEC Emergencial, no qual o governo precisa adotar contrapartidas, como congelar salários, para gastar mais.

Vacina já

A defesa da 💥️vacina se tornou o samba de uma nota só da equipe econômica. Não há fala do ministro 💥️Paulo Guedes ou de qualquer membro de sua equipe em que a frase “a melhor política é vacinação em massa” não esteja. Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, Guedes falou até sobre sua ânsia pela vacina.

“Já queria ter vacinado. Eu acho ótimo. Sou candidato a vacinar, quero me vacinar”, disse ele em entrevista à CNN Brasil.

A fala é bem diferente do tom adotado pelo ministro em dezembro do ano passado ao conversar com jornalistas: “Eu como cidadão tenho direito à privacidade sobre se vou tomar e qual vacina tomarei. É como o voto, por exemplo. Perguntam se eu votei, em quem eu votei. Vai que meu candidato está criticando o governo?”, disse ele na ocasião.

Debandada

Depois de acusar o golpe e classificar ele mesmo como debandada a saída de Salim Mattar e Paulo Uebel, Guedes não quer mais a imagem de que sua pasta está sendo abandonada.

Segundo um integrante da equipe, o ministro já pediu a auxiliares que comunicaram sua decisão de deixar o governo que não saiam agora porque a pauta de reformas foi destravada. O caminho teria sido aberto pela mudança no comando das duas casas do Congresso e a aprovação da PEC Emergencial.

Guedes tentou manter André Brandão no 💥️Banco do Brasil, mas não houve jeito. Segundo um integrante da equipe da instituição, Brandão estava com a cabeça feita diante da ingerência de Bolsonaro, que se irritou com os planos de enxugar a instituição, e vinha se distanciando do cargo desde o final de janeiro.

Tostes

Depois de ajudar a boicotar o trecho da PEC Emergencial que previa desvinculação de receitas defendida por Guedes, o secretário da Receita, José Barroso Tostes, poderia parecer um candidato a deixar o cargo. Mas a ação de Tostes, que tinha como pano de fundo carimbar dinheiro para a Receita Federal, foi vista como um deslize. Além de não querer perder ninguém, Guedes gosta de Tostes.

5G

Exigências de técnicos do TCU que analisam o edital do leilão de 5G deixaram o Ministério das Comunicações e a Anatel receosos de que o leilão, previsto para o meio do ano, possa atrasar.

O edital foi enviado ao Tribunal de Contas em fevereiro, com a previsão de que a análise estaria concluída em 60 dias. O ministro Fabio Faria e o presidente da Anatel, Leonardo Euler, se uniram para tentar destravar o processo. Também para sinalizar avanço, a Anatel deve enviar neste fim de semana os cálculos de precificação do leilão ao TCU.

Sebrae

O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, está empenhado em tirar o ex-deputado Carlos Melles do comando do Sebrae.

A ideia é retomar a proposta de cortar as alíquotas de contribuição ao sistema S para deixar as empresas com mais recursos em caixa. O nome de Melles foi apoiado por Guedes para o cargo, mas, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto, Costa quer deter mais força sobre a entidade.

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