Pandemia tirou do BC o controle sobre os juros futuros, opina analista
O principal risco atualmente é relacionado a uma deterioração adicional da pandemia (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
A forte aceleração das taxas dos juros futuros (DI) no Brasil se deve a fatores que não estão sob o controle do 💥️Banco Central, avalia Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco digital 💥️modalmais.
Ele cita os contratos curtos de janeiro de 2022, intermediários de janeiro de 2025 e os longos de janeiro de 2029.
“Ante expectativa de perda de inclinação da curva de juros por conta da elevação dos vértices mais curtos, observa-se nos últimos dias forte movimento de abertura dos vértices longos. Em nossa visão, isto relaciona-se a fatores que não estão sob controle direto do Banco Central”, avalia.
Um “cheque em branco” para a equipe econômica poderia atrapalhar ainda mais as contas do País, avalia Felipe Sichel (Imagem: Divulgação/Modal)
Segundo ele, o principal risco atualmente é relacionado a uma deterioração adicional da pandemia, que force a adoção de mais medidas de recomposição de renda sem contrapartidas para garantia de uma trajetória sustentada do fiscal.
“Ou seja, o famoso “cheque em branco” que poderia ser dado no caso de nova declaração de estado de calamidade. Outro risco evidente relaciona-se a condução da política econômica no geral, visto que os riscos eleitorais aumentam para o presidente Bolsonaro por conta da queda em sua popularidade, o que também pode ser incentivo para medidas incrementalmente mais populistas”, analisa.
Diante de questionamentos de senadores sobre a possibilidade de aumentar o valor do 💥️auxílio emergencial para R$ 600, patamar que chegou a ser pago no ano passado, o ministro da 💥️Economia, 💥️Paulo Guedes, 💥️disse nesta quinta-feira (25) que não descarta um benefício mais alto, mas que isso dependeria de contrapartidas como a venda de empresas públicas que dão prejuízo.
No pior cenário, o país terminaria este ano com inflação de 5,7% (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)
Relatório de inflação
O BC, 💥️em seu relatório trimestral de inflação publicado hoje, voltou a projetar um 💥️IPCA em torno de 5% para este ano e de 3,5% para 2022, mas detalhou também alguns cenários alternativos em que considera a possibilidade de condições mais adversas.
A projeção é que, nessas condições, o país terminaria este ano com inflação de 5,7%, escalando para 5,9% em 2022. Ambos os números estariam bem acima dos tetos das respectivas metas de inflação para o período –5,25% e 5%, respectivamente.
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