Diversificação da Suzano é positiva, mas não suficiente para investir nas ações
O Inter elevou o preço-alvo de R$ 68 para R$ 85, o que implica potencial de valorização de 15% , mas manteve a recomendação neutra (Imagem: Youtube/Suzano)
A 💥️Suzano (💥️SUZB3) aposta na diversificação para crescer: quer liderar o mercado de carbono e investe em novas tecnologias, como em ferramentas digitais e bioinformática.
Mas isso não é suficiente para segurar os preços da 💥️celulose, que variam de acordo com os ventos do mercado, aponta o 💥️Inter Research em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (25).
Apesar da alta dos valores nos últimos meses, motivadas por uma demanda aquecida e um estoque baixo, a corretora diz que a tendência é de queda nos números.
A analista Gabriela Cortez, que assina o documento, aponta o retorno de capacidades em um cenário de vacinação contra a 💥️covid-19 e a desvalorização do real ante o dólar, o que poderia aumentar os custos de importação.
“Seguimos menos otimistas com relação à manutenção da tendência de alta dos preços das commodities em geral, inclusive a celulose, o que acaba limitando a evolução esperada nas receitas das companhias”, afirmou.
O Inter elevou o preço-alvo de R$ 68 para R$ 85, o que implica potencial de valorização de 15% , mas manteve a recomendação neutra.
Sobrenome inovação
Na última quarta-feira (24), a empresa realizou o Dia com Investidor. No evento, a companhia deu ênfase ao seu processo de inovação.
“Apesar da busca pela diversificação, a Suzano reforçou sua intenção de manter a relevância de seu negócio de celulose. A companhia apresentou uma visão bastante otimista com relação às dinâmicas do mercado, principalmente no que diz respeito ao crescimento da demanda por celulose de fibra curta”, disse a analista, que acompanhou o evento.
A empresa aposta no projeto Tetrys. Chamado de Floresta Digital, a ação emprega ferramentas digitais e bioinformática que permite a escolha de clones com base no DNA, trazendo melhor custo/benefício e maior competitividade e resiliência de sua base florestal.
Rumo à liderança do mercado de carbono
No campo 💥️ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, em português), a empresa pretende assumir a dianteira do mercado de crédito de carbono.
Espera-se um crescimento na demanda de créditos de carbono no futuro. A companhia já identificou em torno de 22 mm de toneladas de carbono em sua cadeia de valor que poderão ser comercializadas e monetizadas.
Vem dividendos por aí?
A analista também lembra que após anos difíceis, com receitas afetadas por preços depreciados da celulose em momento de incorporação da 💥️Fibria, dividendos eram termos proibidos.
“Entretanto, após reestruturação de sua dívida, monetização de parâmetros ambientais com os greenbonds emitidos no ano passado, bem como um cenário de negócios mais favorável, a companhia sinaliza que poderá retomar sua política de dividendos em um futuro próximo”, completa.
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