Economia projeta saldo comercial recorde para 2023, apesar de pior resultado em 6 anos no 1º tri
Naturalmente, os consumidores passam a consumir menos serviços, que é o setor mais crítico no que tange ao combate à pandemia (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)
O 💥️Brasil acumulou superávit de 1,648 bilhão de dólares no primeiro trimestre, o menor desde 2015, mas o governo projeta uma aceleração das 💥️exportações no ano que ajudará o saldo comercial a fechar 2023 em 89,4 bilhões de dólares, valor que seria o maior desde o início da série histórica, informou o💥️ Ministério da Economia nesta quinta-feira.
Em coletiva de imprensa virtual para comentar os dados da balança comercial de março, o secretário especial de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, anunciou que as novas projeções do ministério apontam crescimento de 27% das exportações em comparação a 2023, totalizando 266,6 bilhões de dólares, também recorde da série histórica.
Já para as importações a previsão é de avanço de 11,6%, para 177,2 bilhões de dólares. Com isso, o saldo comercial cresceria 75% sobre 2023. Em janeiro passado, a pasta projetava que a balança comercial encerrasse o ano com superávit de 53 bilhões de dólares.
Ferraz pontuou que embasam as melhores projeções dados de relatórios internacionais que sugerem aumento do comércio mundial.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) projeta que a transação de mercadorias aumentará em 8% neste ano, após queda de 5,3% em 2023.
“Há toda uma conjuntura mais favorável. Isso, evidentemente, trazida pela perspectiva de processos de vacinação mais rápidos, mais céleres em todos países do mundo, sobretudo países desenvolvidos, e em menor escala também em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, que vem acelerando também seu ritmo de vacinação”, disse.
De acordo com o secretário, além da expectativa de boa performance neste ano para o comércio de commodities agrícolas, as previsões são de que haja bom desempenho de bens relativos à indústria de transformação e extrativa. Ferraz justificou as expectativas com base no redirecionamento do consumo global em decorrência da 💥️Covid-19.
“Naturalmente, os consumidores passam a consumir menos serviços, que é o setor mais crítico no que tange ao combate à pandemia, já que, via de regra, ele exige contato pessoal na sua produção e na sua venda e consumo. Portanto, há tendência de consumidores de desviarem, de redirecionarem seus recursos para consumo de bens manufaturados e agrícolas.”
Especificamente sobre os bens manufaturados, Ferraz mencionou que contribuem positivamente para expectativa de maior corrente de comércio uma conjuntura econômica de baixas taxas de juros, com maior oferta de liquidez, e a expectativa de um maciço pacote fiscal nos 💥️Estados Unidos e em outras economias que possuam espaço nas contas públicas para isso.
Ferraz afirmou haver uma “concordância de visões” em âmbito internacional que, caso haja uma extensão da pandemia da Covid-19, o impacto sobre economias tende a ser menor em razão da experiência adquirida pelos governos em 2023 com as políticas públicas lançadas à época.
Ele afirmou que a pasta não acredita, caso ocorra um impacto negativo novamente, que ele seja suficiente para reverter as trajetórias traçadas. Apesar disso, o secretário disse que os atuais dados indicam que os números do segundo trimestre tendem a ser menos “exuberantes” em comparação aos do primeiro trimestre, em meio à escalada de casos e óbitos provocados pela pandemia da Covid-19, impactando a atividade econômica local em diversos níveis.
Em março, a balança comercial brasileira registrou superávit de 1,482 bilhão de dólares, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira.
O resultado veio abaixo do estimado em pesquisa da Reuters com economistas, que apontava saldo positivo de 3,1 bilhões de dólares para o mês.
Em março do ano passado, a balança teve superávit comercial de 3,832 bilhões de dólares. No mês passado, as exportações somaram 24,505 bilhões de dólares, enquanto as importações foram de 23,023 bilhões de dólares.
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