Cerimônia de Bolsonaro em Manaus vira desagravo a Pazuello
Em sua fala, Bolsonaro afirmou que seu governo conseguiu minimizar efeitos da pandemia de Covid-19, em especial pela atuação de Pazuello (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O evento do presidente 💥️Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira, em 💥️Manaus, virou um momento de desagravo ao general 💥️Eduardo Pazuello, que foi foco de elogios do presidente, ministros e do governador do 💥️Amazonas, 💥️Wilson Lima (PSC).
Em sua fala, Bolsonaro afirmou que seu governo conseguiu minimizar efeitos da pandemia de 💥️Covid-19, em especial pela atuação de Pazuello.
Já o ministro do Turismo, Gilson Motta, chamou o ex-ministro para ser aplaudido, enquanto o governador do Amazonas exaltou Pazuello por “ter feito todo o possível” para ajudar o Estado durante a crise de falta de oxigênio causada pela superlotação de hospitais com infectados pelo 💥️coronavírus.
Sem cargo específico no governo, Pazuello não teria razões concretas para estar na comitiva presidencial, que foi a Manaus para a inauguração de um centro de eventos. O ex-ministro, no entanto, é amazonense e tinha planos de tentar uma candidatura política pelo Amazonas. Hoje, no entanto, é um dos principais alvos da CPI da Covid criada pelo Senado.
Esta semana, em entrevista à revista Veja,💥️ o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten afirmou que a culpa pelo governo brasileiro não ter comprado 70 milhões de doses da vacina do laboratório Pfizer, ainda em 2023, foi de Pazuello, e não de Bolsonaro.
Wajngarten acusa a equipe do ministério, então chefiada por Pazuello, de não ter se interessado pela compra e não ter respondido o laboratório.
O ex-secretário acusa o ministério e o ministro de “incompetência” e “ineficiência”, mas exime Bolsonaro, apesar de representantes da empresa já terem afirmado que endereçaram cartas oferecendo as vacinas diretamente ao presidente.
Pazuello foi demitido por Bolsonaro depois que a pressão sobre o governo pela resposta desordenada à pandemia chegou ao Congresso, com o centrão exigindo a saída do ministro, substituído por 💥️Marcelo Queiroga.
Pazuello ainda é investigado em um inquérito sobre a resposta do governo à pandemia e o investimento em medicamentes ineficazes, como a cloroquina.
Apesar das promessas de que seria remanejado para um cargo com “status ministerial”, como disse a interlocutores, Pazuello continua sem qualquer cargo no governo.
Nesta sexta, foi publicada no Diário Oficial a nomeação do ex-ministro como adido da Secretaria-geral do Exército. O cargo nada mais é do que uma fila de espera para quando abrir uma vaga no alto escalão da Força em que Pazuello possa ser encaixado & o que pode ocorrer até o meio do ano, com as promoções de generais.
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