“Se todos judicializarem não há doses para todo mundo”, diz Queiroga
O ministro informou que a previsão é de que novas doses da vacina CoronaVac só sejam distribuídas pelo Instituto Butantan daqui a 10 dias (Imagem: Tony Winston/MS)
O ministro da 💥️Saúde, 💥️Marcelo Queiroga, criticou a judicialização para entrega de doses da vacina 💥️Coronavac e avisou que se todos procurarem a Justiça não haverá “doses pra todo mundo”.
Ele lembrou que a falta de imunizantes para a segunda aplicação em cidades como a dele, João Pessoa, fez com que a capital da Paraíba garantisse as doses de CoronaVac por decisão judicial.
“Só que, se todos judicializarem, não há doses para todo mundo. Não é a judicialização que vai resolver esse problema. O que resolve isso aqui são políticas públicas efetivas, que é o que nós temos tentado colocar em prática no ministério”, alertou ao participar, nesta segunda-feira (26), de audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19, no Senado.
O ministro informou que a previsão é de que novas doses da vacina CoronaVac só sejam distribuídas pelo Instituto Butantan daqui a 10 dias. Sem dar detalhes, ele informou que a pasta deve emitir nos próximos dias uma nota técnica sobre a aplicação da segunda dose de vacinas contra a Covid-19.
Queiroga lembrou que essa é uma preocupação da pasta há mais de um mês quando o ministério autorizou a utilização imediata de todas as vacinas contra a covid-19, sem a necessidade de manutenção de estoques para aplicação da segunda dose.
Agora, “em face do retardo dos insumos vindos da 💥️China para o 💥️Butantan, há uma dificuldade com essa segunda dose”.
Cronograma
Sobre os motivos para redução no número de vacinas disponíveis em relação ao divulgado pelo ex-ministro da pasta Eduardo Pazuello, Queiroga disse que um deles está relacionado ao fato de a estimativa ter incluído 20 milhões de doses da Covaxin, do Instituto Bharat Biotech.
A importação, em caráter excepcional, de doses da vacina Covaxin, da farmacêutica indiana Bharat Biotech foi negada no mês passado pela 💥️Agência Nacional de Vigilância Santitária (Anvisa).
Outro fator que contribuiu para um menor número de doses foi a demora na chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que vem da China.
O atraso comprometeu a entrega do imunizante contra a Covid-19 tanto pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) quanto pelo Instituto Butantan.
“O IFA, como os senhores sabem, é originário da China, e isso sempre dá uma variação, que pode ser para maior ou pode ser para menor. Questões logísticas também estão aqui consideradas. O fato é que temos trabalhado fortemente para conseguir mais doses”, garantiu.
Pfizer
Para a próxima quinta-feira (29), há expectativa de chegada do primeiro lote da vacina da farmacêutica 💥️Pfizer, no Aeroporto de Viracopos, em São Paulo.
“São doses prontas, e o 💥️Ministério da Saúde já organizou toda a logística para essa vacina, que, como os senhores sabem, tem uma peculiaridade em relação à cadeia de frio. Nós temos capacidade, sim, para aplicar a vacina da Pfizer com bastante segurança”, disse.
A Anvisa autorizou o armazenamento da vacina desenvolvida pela Pfizer a -20ºC, por até duas semanas. A mesma autorização foi concedida pela FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos. Inicialmente, o laboratório indicava o armazenamento do imunizante a -75°C.
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