Dólar tem pouca alteração ante real após ata do Copom e dados dos EUA entram no radar
Às 9:11, o dólar recuava 0,23%, a 5,2210 reais na venda, enquanto o dólar futuro de maior liquidez tinha queda de 0,07%, a 5,230 reais (Imagem: REUTERS/Rick Wilking)
O 💥️dólar passava a subir contra o real na manhã desta terça-feira, depois de fechar o último pregão perto de mínimas em quatro meses, com os agentes do mercado digerindo a ata da última reunião de política monetária do 💥️Banco Central do Brasil e acompanhando com cautela o clima político doméstico.
Ao mesmo tempo, os investidores aguardavam dados de inflação dos Estados Unidos que podem ter impacto no comportamento global da divisa norte-americana.
Às 10:46, o dólar avançava 0,56%, a 5,2623 reais na venda, enquanto o dólar futuro de maior liquidez subia 0,85%, a 5,278 reais na venda.
O dólar negociado no mercado interbancário fechou a última sessão em alta de 0,10%, a 5,233 reais na venda, não distante de uma mínima atingida em 14 de janeiro, de 5,212 reais. Na mínima intradiária de segunda-feira, a moeda norte-americana chegou a cair para 5,1977 reais.
“O mercado sofreu um ajuste depois da última decisão do 💥️Copom, (com o dólar) aproximando-se de 5,20 reais”, disse à 💥️Reuters João Manuel Campanelli, COO do Travelex Bank. “Agora, ele vai flutuar ao sabor dos acontecimentos, principalmente políticos.”
Em sua última reunião, na semana passada, o 💥️Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por uma segunda alta consecutiva de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, para 3,5% ao ano, e sinalizou a intenção de fazer um terceiro aperto da mesma magnitude em seu próximo encontro em junho.
A ata do último encontro do colegiado, divulgada nesta terça-feira, mostrou a avaliação dos membros do Copom de que levar a taxa Selic, sem interrupção, até o nível considerado neutro empurraria a inflação “consideravelmente” para abaixo da meta.
Enquanto isso, em Brasília, a CPI da Covid ouve nesta terça-feira o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (💥️Anvisa), Antonio Barra Torres, depois que os depoimentos da semana passada mostraram desarticulação, segundo analistas consultados pela Reuters.
A investigação da abordagem adotada pelo governo 💥️Jair Bolsonaro diante da pandemia tem sido apontada por agentes dos mercados financeiros como grande fonte de risco político no curto prazo.
Também colaborando para o risco-Brasil, Campanelli, do Travelex, chamou a atenção para “reformas que não saem do papel”, comentário que vem em meio a atraso na agenda reestruturante e de privatizações do governo.
“Estímulos fiscais e monetários continuam nos Estados Unidos, há muito dinheiro circulando, e o fator (da alta das) commodities também faz com que nossa moeda resista ao risco-Brasil, mas poderíamos surfar melhor se tivéssemos alinhamentos melhores, como as reformas”, opinou.
No exterior, os investidores aguardavam a divulgação de dados sobre preços ao consumidor dos EUA, na quarta-feira, em busca de pistas sobre os próximos passos do 💥️Federal Reserve em relação a seu apoio de política monetária.
Um relatório de empregos norte-americano pior do que o esperado da semana passada ajudou a abafar temores de um aperto mais cedo do que o esperado, elevando as apostas de que o banco central dos EUA vai manter suas ferramentas de estímulo sem elevar os juros por um bom tempo.
Nesta sessão, o Banco Central fará leilão de swap tradicional para rolagem de até 15 mil contratos com vencimento em novembro de 2023 e março de 2022.
💥️(Atualizada às 11h03)
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