Pfizer enviou carta a autoridades e queria fazer do Brasil vitrine de vacinação, diz Wajngarten
Em 9 de novembro, Wajngarten notou ausência de resposta do governo brasileiro, razão pela qual enviou e-mail ao presidente da empresa em Nova York (Imagem: TV Senado)
O ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten afirmou à CPI da Covid no 💥️Senado que reuniu-se com o presidente da 💥️Pfizer no 💥️Brasil após notar a falta de resposta a carta enviada pela empresa quase dois meses antes a diversas autoridades do governo.
O ex-secretário disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que a carta foi enviada em 12 de setembro ao presidente 💥️Jair Bolsonaro, ao ministro da Economia, 💥️Paulo Guedes, aos então titulares da Saúde, 💥️Eduardo Pazuello, Casa Civil, 💥️Braga Netto, ao vice-presidente 💥️Hamilton Mourão e ao embaixador do Brasil nos Estados Unidos Nestor Forster.
Em 9 de novembro, Wajngarten notou ausência de resposta do governo brasileiro, razão pela qual enviou e-mail ao presidente da empresa em Nova York. Segundo o ex-secretário, 15 minutos depois o então presidente da empresa no Brasil, Carlos Murillo, ligou para ele.
Foi agendada, então, uma reunião em 17 de novembro com Murillo, mas de acordo com Wajngarten, não houve negociação e não se discutiu valores.
O ex-secretário relatou à CPI que na ocasião ouviu do presidente da empresa que a intenção era fazer do Brasil uma vitrine da vacinação na 💥️América Latina. Havia, inclusive, uma promessa da farmacêutica que se o governo brasileiro se manifestasse a empresa faria esforços para diminuir o tempo de entrega do imunizante.
Wajngarten confirmou que Bolsonaro sabia do encontro e disse aos senadores que toda a correspondência com a Pfizer está no computador funcional da Secom.
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