Governo estima crescimento de 3,50% do PIB para este ano, com inflação de 5,05%
O boletim anterior, de março, previa uma alta de 3,20% do PIB e de 4,42% do IPCA para 2023 (Imagem: Washington Costa/Ministério da Economia)
O 💥️Ministério da Economia elevou sua projeção de crescimento do 💥️PIB este ano para 3,50% e também aumentou a estimativa de 💥️inflação para 5,05%, patamar ainda mais distante do centro da meta de 3,75% para o período, mostrou a mais nova edição do Boletim MacroFiscal divulgado pela Secretaria de Política Econômica nesta terça-feira.
O boletim anterior, de março, previa uma alta de 3,20% do PIB e de 4,42% do 💥️IPCA para 2023.
No novo documento, a SPE destacou que os resultados melhores para a atividade no começo deste ano e a expectativa de continuidade do processo de vacinação, com impacto positivo sobre o setor de serviços no segundo semestre, justificaram a revisão da projeção de crescimento.
Já no caso do IPCA, o boletim chamou atenção para a alta acumulada de 15,55% da inflação do grupo Alimentação no Domicílio nos 12 meses até abril.
O mercado estima crescimento de 3,21% do PIB este ano, com inflação de 5,15%, segundo a mediana das projeções levantadas pelo 💥️Banco Central em seu 💥️relatório Focus.
As projeções do governo para 2022 foram mantidas em crescimento de 2,50% do PIB e de 3,50% do IPCA. Para o período 2023-2025, a estimativa de crescimento anual de 2,5% também não foi alterada.
A meta de inflação para o ano que vem é de 3,50%. Tanto neste ano quanto no próximo, há uma margem de tolerância na meta de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O mercado estima crescimento de 3,21% do PIB este ano, com inflação de 5,15%, segundo a mediana das projeções levantadas pelo Banco Central em seu relatório Focus (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
“Apesar do valor (da estimativa para o IPCA) estar acima da meta de inflação de 3,75% para o ano de 2023, o mesmo encontra-se dentro do intervalo de tolerância”, ponderou a SPE no boletim, acrescentando que as projeções convergem para o centro da meta a partir do próximo ano.
Riscos
O boletim chamou a atenção para o impacto da vacinação sobre o crescimento. Levantamento feito pela secretaria com dados de 30 países sugere que cada aumento de 10 pontos percentuais das doses de vacina da Covid-19 aplicadas por 100 habitantes está associada a uma elevação de 0,13 ponto, em média, da projeção de crescimento.
“A vacinação em massa é imprescindível tanto para o crescimento econômico atual como para o crescimento futuro”, disse a SPE”, ressaltando o impacto favorável sobre produto, renda e expectativas.
💥️Em apresentação à imprensa, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, citou como desafios de curto prazo para a economia brasileira os riscos associados à pandemia, à questão hidrológica e ao cenário fiscal.
No caso do risco hidrológico, Sachsida disse que o problema não é apenas conjuntural, com as contas de energia já obedecendo aos parâmetros da bandeira vermelha, mas também conjuntural. Isso reforça, segundo ele, a importância de o país avançar na agenda de privatizações e de melhoria dos marcos legais.
“É uma agenda importante e tem que estar no nosso radar porque tem implicações sobre o crescimento econômico e sobre a inflação”, afirmou.
No longo prazo, a preocupação maior, disse Sachsida, é evitar que os choques transitórios gerados pela pandemia da Covid-19 tenham efeitos permanentes na economia. Nesse sentido, ele defendeu que o caminho mais acertado é insistir na agenda de consolidação fiscal e de reformas pró-mercado.
“É graças à consolidação fiscal que você ancora expectativas, ancorando expectativas você mantém a trajetória de inflação sob controle”, disse Sachsida, acrescentando que isso contém o risco país, com impacto positivo sobre o investimento e o emprego.
No longo prazo, a preocupação maior, disse Sachsida (Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado)
O secretário disse considerar a projeção de crescimento de 3,50% para este ano “conservadora” e rechaçou avaliações de que o país poderia estar vivendo um cenário de estagflação & estagnação econômica e inflação elevada.
“Não é possível falar em uma estagnação econômica em um país que está com taxas de crescimento anual acima de 3%”, afirmou.
💥️(Atualizada às 12h05)
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