Telegram é processado por empresa russa após fracasso da rede TON
Após o desligamento do TON e do não lançamento dos tokens GRAM, investidores da plataforma querem que o aplicativo de mensagem devolva os respectivos investimentos (Imagem: Crypto Times)
A Da Vinci Capital supostamente deu início a um processo contra o Telegram em um tribunal de Londres, com o objetivo de receber de volta o dinheiro que seus investidores colocaram nos tokens GRAM, que nunca foram lançados.
Em uma entrevista nesta segunda-feira (24) com a RBC, o sócio-gerente da Da Vinci, Oleg Jelezko, disse que a empresa está processando o aplicativo de mensagens.
O processo dá sequência a um pedido feito pela Da Vinci ao Telegram no final de fevereiro de devolução dos investimentos que ficaram retidos em uma disputa legal entre a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC) dos Estados Unidos e a então futura emissora de token.
Em 2018, Telegram vendeu acordos de compra de US$ 1,7 bilhões em tokens GRAM, os quais seriam a moeda nativa da Telegram Open Network (TON).
Infelizmente para o aplicativo de mensagens, a SEC emitiu uma ordem de cessão e desistência na noite do lançamento da rede, em outubro de 2023, dando início a uma batalha judicial que resultou no desligamento da rede e exigiu que Telegram devolvesse US$ 1,2 bilhão.
Durante essa batalha judicial, investidores do Telegram enfrentaram informações controversas e confusas, que os comprometiam quanto à habilidade de tomar decisões razoáveis quanto a seus dinheiros, disse Jelezko à RBC.
Com sede em Moscou e registrada em Guernsey, Da Vinci Capital tem especialidade em investimentos privados em empresas de tecnologia.
Por meio da subsidiária Disruptive Era Technologies, Da Vinci reuniu 50 investidores e concordou em adquirir US$ 72,136 milhões em GRAMs, fazendo pagamentos de US$ 45,4 milhões ao Telegram, conforme pedidos da SEC no processo contra o aplicativo de mensagens.
O processo da Da Vinci ainda tem de aparecer nos registros do tribunal de Londres. A fonte de informações da RBC disse que a empresa exige uma compensação de US$ 20 milhões.
Em sua entrevista, Jelezko disse que antecipou que outros investidores participariam de ações semelhantes internacionalmente.
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