Ibovespa fecha maio na máxima histórica, acima dos 126 mil pontos

Ibovespa

Em maio, o índice acumulou elevação de 6,16%, passando a mostrar acréscimo de 6,05% no ano (Imagem: REUTERS/Carlo Allegri)

O 💥️Ibovespa (💥️IBOV) fechou maio em novas máximas históricas, emendando o terceiro mês de alta e contrariando o ditado ‘sell in May and go away’ (venda em maio e vá embora), comum em 💥️Wall Street.

O principal índice da bolsa paulista subiu 0,52% nesta segunda-feira, a 126.215,73 pontos, máxima da sessão e renovando recordes de fechamento e intradia.

O volume financeiro somou 21,65 bilhões de reais, abaixo da média diária recente, em dia sem a referência das bolsas dos 💥️Estados Unidos.

Em maio, o índice acumulou elevação de 6,16%, passando a mostrar acréscimo de 6,05% no ano.

Como pano de fundo dessa performance, estrategistas veem o efeito global de reabertura da economia em algumas regiões do mundo, a alta de commodities e a melhora no ambiente político para reformas estruturais pelo Congresso no Brasil.

De acordo com o estrategista-chefe do 💥️Itaú BBA, Marcelo Sa, a melhora do ritmo de vacinação no mundo gerou uma reabertura mais rápida em alguns países, como nos EUA, que estão voltando à vida normal.

“O mercado começa a ver quando o Brasil vai chegar nessa fase…e acaba se antecipando”, 💥️afirmou, chamando a atenção para a quantidade de doses de vacinas aguardada para a segunda metade do ano, que deve ser um catalisador importante para a bolsa.

Em paralelo, Sa avalia que houve um melhora na coordenação política entre governo e o Congresso, ilustrada pela aprovação da medida provisória de privatização da 💥️Eletrobras (💥️ELET3)na Câmara dos Deputados.

“Eletrobras foi um ponto importante pra dizer que existe predisposição do Congresso de aprovar algumas pautas. Não sei se vai aprovar tudo o que o governo quer, mas tem algumas pautas que podem sair”, afirmou.

Além disso, corrobora a trajetória benigna a percepção de um efeito negativo menor na economia brasileira da segunda onda de 💥️Covid-19, apesar da situação sanitária ainda grave.

A temporada de balanços corporativos do primeiro trimestre mostrou muitos números acima das expectativas, referendando prognóstico positivo sobre a saúde das empresas e da economia.

Mesmo um dos principais focos de atenção dos mercados no mundo, a política monetária do Federal Reserve, respaldou por ora o ambiente elevado de liquidez global, com autoridades norte-americanas reiterando a necessidade de estímulos.

Alguns membros do 💥️Federal Reserve, contudo, já começaram a sinalizar algum desconforto e a necessidade de revisão, o que tende a manter viva a discussão sobre quanto da alta da inflação é transitória ou estrutural.

A entrada líquida de recursos estrangeiros no mercado de ações brasileiro em maio, excluindo as ofertas públicas, foi de 10,8 bilhões de reais, conforme dados disponíveis até o dia 27.

Do ponto de vista setorial, bancos responderam por uma relevante contribuição para o desempenho do Ibovespa em maio, com pesos pesados como 💥️Itaú Unibanco (💥️ITUB4) e 💥️Bradesco (💥️BBDC4) acumulando altas de 7,54% e 11,11%, respectivamente.

Destoando, 💥️Banco Inter (💥️BIDI11), que estreou no Ibovespa em maio, perdeu 11,53%, sem conseguir reverter as vendas após máximas no dia 3, em meio a anúncios incluindo planos para listar na Nasdaq e acordo com a StoneCo.

Muitos papéis renovaram máximas históricas nesse mês, com 💥️Vale (💥️VALE3), atingindo 120,45 reais antes de passar por uma correção com o ajuste nos preços do minério de ferro na China. Ainda assim, a ação garantiu alta de 5,28% em maio.

Outras siderúrgicas e mineradoras passaram por ajuste mais forte, com 💥️Usiminas (💥️USIM5) caindo 11,51%, embora ainda acumule elevação de 36,76% em 2023.

💥️Petrobras (💥️PETR4) contabilizou valorização mensal de 13,76%, apoiada na recepção amistosa das declarações e ações do novo comando da estatal.

Ainda assim, não recuperou o patamar anterior a ruídos envolvendo sua política de preços.

As altas do Ibovespa em maio foram lideradas pela empresa de geração de energia 💥️Eneva (💥️ENEv3), com +25,84%, a companhia de alimentos 💥️BRF (💥️BRFS3), com +23,91%, e a empresa de meios de pagamentos 💥️Cielo (💥️CIEL3), com +23,15%.

A produtora de papel e celulose Suzano, com perda de 11,56%; o Banco Inter, com declínio de 11,53%; e a siderúrgica Usiminas, com recuo de 11,51%, responderam pelas maiores perdas.

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