Cerca de 100 civis são mortos no pior ataque de Burkina Faso dos últimos anos
Problemas em série: Burkina Faso convive com violência de criminosos e jihadistas (Imagem: Wikipeda/ Helge Fahrnberger)
Assaltantes armados mataram cerca de 100 civis em uma operação noturna em um vilarejo no norte de Burkina Faso, disse o governo neste sábado (5), enquanto a região enfrenta uma onda cada vez maior de violência jihadista.
O número provisório de mortos dado pelo governo fez do ataque o mais mortal no país dos últimos anos.
Os agressores atacaram durante a noite de sexta-feira (4), matando residentes do vilarejo de Solhan, na província de Yagha, na fronteira com o Níger. Eles também queimaram casas e o mercado, disse o governo em um comunicado.
O governo, declarando um período de luto nacional de 72 horas, descreveu os agressores como terroristas, mas nenhum grupo assumiu a responsabilidade.
Ataques de jihadistas ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico na região do Sahel na África Ocidental aumentaram drasticamente desde o início do ano, especialmente em Burkina Faso, Mali e Níger, com os civis sofrendo o impacto.
A violência em Burkina Faso deslocou mais de 1,14 milhão de pessoas em pouco mais de dois anos, enquanto o país árido e pobre também acolhe cerca de 20.000 refugiados do vizinho Mali que procuram segurança dos jihadistas.
Em março, os agressores mataram 137 pessoas em ataques coordenados em vilas no sudoeste do Níger.
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