Pré-mercado: A inflação tá on

Manutenção dos estímulos por parte do BCE: chegando para salvar o dia /✅ Joe Sujo (2001)

Bom dia, pessoal!

Em dia de encontro dos líderes do 💥️G7, em que se espera conversas sobre sustentabilidade, tributação e moedas digitais federais – 💥️El Salvador tornou-se o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda corrente –, o Brasil guarda pouca agitação em sua agenda local, ainda processando os dados de inflação de ontem (9) e no aguardo do 💥️Comitê de Política Monetária da semana que vem.

Diante disso, ficaremos mais reativos ao cenário internacional, que contará com dados importantes.

Os 💥️Estados Unidos, que procuram outros líderes para elevar o grau de sua disputa com a 💥️China, entregam a inflação ao consumidor do mês de maio no dia de hoje (10).

Na 💥️Europa, o dia é de reunião de política monetária, que chama atenção dos investidores.

Em cautela, a 💥️Zona do Euro abre em tom misto, entre altos e baixos, enquanto os futuros americanos sobem. A ver…

💥️Na expectativa para o Copom da semana que vem

Depois da surpresa do forte IPCA de maio, que subiu 0,83% ante abril (acima até mesmo do teto das expectativas, que apontavam para uma alta de 0,76%), as apostas sobre quais seriam os próximos passos do Banco Central em seu comitê (Copom) começam a se formar.

A inflação foi a mais alta para o mês de maio desde 1996, quando o índice alcançou 1,22% de alta.

O resultado? Nos últimos 12 meses temos uma inflação acumulada de mais de 8%, bem superior ao teto da meta do Banco Central, pouco acima de 5%.

Para a semana que vem, uma nova elevação de 75 pontos-base já parece contratada, mas, com uma inflação tão alta, o mercado se pergunta se o ajuste total do ciclo terá de ultrapassar o patamar de juro neutro (que pode variar entre 5,5% e 6,5%, a depender do modelo utilizado).

A inflação inercial de 2023 para 2022 e as projeções mais otimistas de crescimento para este ano, que já repousam ao redor de 5%, deixam Roberto Campos Neto em uma situação delicada. Se subir demais a taxa de juros, isso pode atrapalhar a recuperação econômica e prejudicar o fiscal.

Por outro lado, se elevá-la menos do que deveria, pode desancorar a inflação. Pelo menos agora parecemos ter um câmbio e uma perspectiva fiscal mais saudáveis.

💥️Ninguém mais aguenta ler ou falar sobre inflação

Para hoje está marcada a apresentação dos números de inflação de maio nos EUA, o mesmo dado de preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês) que gerou bastante volatilidade no mês passado.

É provável que a inflação em maio suba 0,5% para seu provável pico dos últimos 12 meses (algo como 5%).

Contudo, é muito difícil prever esse número, uma vez que ainda somos afetados pela disrupção da cadeia de suprimentos derivada da pandemia.

Ainda assim, o dado de hoje colocaria a taxa de inflação em seu nível mais alto desde 2008, quando o preço do petróleo atingiu o pico de US$ 150/barril.

Outra medida no relatório do CPI que elimina os custos voláteis de alimentos e energia pode se acelerar a um ritmo de 3,5% ao ano, o maior aumento em 28 anos.

Os mercados parecem satisfeitos em confiar nisso como um pico temporário, fruto de um efeito de preços muito baixos no ano passado e da reabertura descoordenada da economia global; isto é, não deve durar.

💥️Dando uma espiada no BCE

Hoje pela manhã (8h45 no 💥️horário de Brasília), o Banco Central Europeu (BCE) se reúne para decidir sua política monetária.

Não se espera que faça nada muito drástico, mas as atenções estão voltadas para a coletiva de imprensa de Christine Lagarde, presidente da instituição, que poderá sinalizar uma redução do nível de compra de ativos em breve.

A inflação dos preços ao consumidor na zona do euro provavelmente atingirá seu pico no final deste ano, refletindo o atraso na reabertura da economia (vacinação problemática), o que nos diz que a discussão sobre inflação por lá deverá perdurar nos próximos meses.

Além da decisão sobre o ritmo projetado de compras de ativos nos próximos três meses, os mercados devem observar nesta quinta-feira se o BCE dará dicas de que poderia usar a flexibilidade inerente de seu programa de compra para desacelerar o ritmo de crescimento durante o verão no curto prazo, em resposta ao crescimento e à inflação.

A ideia será a de procurar por pistas mais claras do que seria necessário ver nas condições de financiamento ou dados econômicos para começar a diminuir esse nível de maneira estrutural em setembro.

Neste caso, uma revisão da previsão de inflação para 2023 também é esperada.

💥️Anote aí!

Sem uma agenda muito importante no Brasil (apenas prévia do IGP-M marca presença), o mercado brasileiro acompanhará o noticiário internacional, que começa o dia com a divulgação do relatório mensal da Opep – com petróleo acima de US$ 72/barril, novidades vindas da Opep podem trazer volatilidade para a commodity.

Inflação nos EUA e reunião do BCE são os grandes temas do dia, mas em solo americano ainda poderemos acompanhar:

i) pedidos de auxílio desemprego da semana passada; e

ii) testemunho de Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, junto ao Congresso – falas novas da secretária têm gerado volatilidade em nível global; logo, se faz importante acompanhar.

💥️Muda o que na minha vida?

O verão está chegando nos EUA (20 de junho).

Em pesquisa recente da YouGov (grupo internacional de pesquisa e análise de dados que pesquisa um painel de mais de 15 milhões de pessoas em 40 mercados principais), quase 60% dos americanos disseram que seus planos de viagem de verão são semelhantes aos níveis anteriores à pandemia, 27% informaram que estão viajando menos e 13% disseram que estão viajando mais.

A situação de viagens também parece estar voltando à normalidade.

Gradativamente, as autoridades de países vacinados, como o caso dos EUA, estão incentivando mais pessoas a deixarem suas casas para viajar (depois de se vacinarem, claro). E adivinhe só…

O home office ajuda as pessoas a viajarem.

Dos 30% dos entrevistados que trabalham remotamente pelo menos um dia por semana, 42% disseram que isso tem um impacto positivo em sua capacidade de viajar.

Claro, muitos viajantes esperaram até mais perto da data prevista para a viagem para fazer a reserva, o que acarreta uma previsão subestimada de viagens contratadas para o segundo semestre.

Em novembro de 2023, por exemplo, a janela de compra antecipada de passagens reduziu-se para uma média de apenas 30 dias.

Especialistas no setor de viagens argumentam que, ao passo que o nível de imunização (leia-se vacinação) aumenta, a janela de compra antecipada deve aumentar, como foi o registrado no final do primeiro trimestre de 2023, quando este número dobrou para 54 dias.

Como a pandemia ainda está aí, dificilmente veremos a demanda por esse serviço ser plenamente retomada no curto prazo – 26% dos entrevistados da pesquisa não estão planejando nenhuma viagem neste verão.

A inflação verificada recentemente, que implica custos de viagens mais altos, também tem sido um impeditivo.

Conforme a oferta também se recupera para atender essa demanda ressuscitada, o preço deverá se normalizar.

De qualquer forma, os dados mostram boa evolução nesse sentido. Estamos realmente voltando à normalidade.

💥️Fique de olho!

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fatores de risco. O site do fundo é a forma de divulgação de informações

oficiais do fundo.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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