Produção de açúcar do centro-sul sobe 2,6% na 2ª quinzena de maio, recorde do período

Açúcar

A moagem de cana do centro-sul aumentou 1,9% no período, para 43,229 milhões de toneladas (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A produção de 💥️açúcar do centro-sul do 💥️Brasil avançou 2,59% na segunda quinzena de maio ante o mesmo intervalo do ano passado, para 2,623 milhões de toneladas, volume recorde para o período em meio a um clima favorável ao processamento, informou nesta quinta-feira a União da Indústria de 💥️Cana-de-açúcar (Unica).

“Esse aumento no açúcar pode ser atribuído principalmente ao forte clima seco na região centro-sul, que foi convertido em um aumento de açúcar recuperável”, disse Nicolle Monteiro de Castro, especialista sênior de preços da S&P Global Platts.

Segundo a Unica, os açúcares totais recuperáveis (ATR) subiram 2,69% na segunda quinzena do mês, para 137,43 quilos por tonelada de cana.

A moagem de cana do centro-sul aumentou 1,9% no período, para 43,229 milhões de toneladas, disse a Unica, que apontou também uma menor destinação de matéria-prima para a produção de açúcar ante a mesma época do ano passado, de 47,26% para 46,34%.

Na primeira quinzena de maio o mix para o adoçante foi de 46,15%

A fabricação total de etanol atingiu 1,987 bilhão de litros em uma safra ligeiramente mais alcooleira, alta de 9,16% ante igual período de 2023.

Do volume total, o hidratado representou 1,19 bilhão de litros, queda de 7,04% no comparativo anual.

A produção de etanol anidro, por sua vez, mantém trajetória ascendente, com 801,7 milhões de litros, avanço de 47,05% em relação ao mesmo período da safra 2023/21.

“O ritmo de produção observado garante o pleno abastecimento do mercado de combustíveis nacional e o cumprimento da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina”, disse em nota o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.

Ele ressaltou ainda que, neste momento, não há qualquer tipo de restrição na oferta do 💥️biocombustível nas usinas.

Na segunda quinzena de maio também foram fabricados 118,52 milhões de litros de etanol a partir de milho, mais que o dobro dos 57,37 milhões de litros vistos no mesmo período do ciclo anterior.

Em maio, as unidades produtoras do centro-sul comercializaram 2,47 bilhões de litros de etanol, registrando avanço de 11,8% em relação ao mesmo período da safra passada. As vendas de anidro no mercado interno subiram 42,26%.

“O avanço nas vendas de etanol anidro em maio retrata a provável recuperação do consumo de combustíveis no mês e a maior transferência de produto para o atendimento da região Norte-Nordeste”, disse Rodrigues.

Acumulado

No acumulado do ciclo 2023/22 até 1º de junho, a moagem totalizou 129,65 milhões de toneladas, queda de 10,88%. A retração é determinada especialmente pelo atraso no início de safra em São Paulo, que tem redução na moagem acumulada de 18,78%.

A produção do adoçante totalizou 7,15 milhões de toneladas na safra, 11,12% menor, enquanto a fabricação acumulada do biocombustível hidratado alcançou 3,97 bilhões de litros (-13,18%).

Em sentido contrário, a produção acumulada de etanol anidro apresenta aumento de 11,27% até 1º de junho, com 1,85 bilhão de litros produzidos na safra 2023/22.

Na segunda quinzena de maio, 244 usinas estavam em operação, sendo 238 processadoras de cana-de-açúcar, cinco exclusivas de etanol de milho e uma usina flex.

Um ano antes, 248 unidades haviam iniciado o processamento de cana. Para a primeira quinzena de junho, outras 9 unidades devem iniciar a moagem no centro-sul, estimou a Unica.

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