Com sobra, arroz não repete demanda de 2023 e produtores já pensam em escoar para ração
Produção gaúcha mais elevada faz sobrar arroz, sem respaldo de preço no varejo (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
Os arrozeiros gaúchos saíram de quarta maior safra da história, acima de 8,5 milhões de toneladas, alimentada por produtividades recordes, sem o ímpeto do 💥️consumo interno e exportador igual a 2023, quando em pleno final de safra (abril/maio) os preços já mostravam solidez mesmo com a oferta maior entrando.
A inflação do 💥️arroz não deverá se repetir em 2023 e os produtores estão enxergando a alternativa de escoar parte da produção para as indústrias de ração. Aliás, segue movimento de outros grãos, com as misturadoras testando alternativas de substituição ao 💥️milho, como o sempre escasso 💥️trigo nacional.
O analista Vlamir Brandalizze tem ouvido isso dos produtores do maior estado rizicultor brasileiro.
As indústrias de rações estão pagando até R$ 80 a saca. As indústrias de beneficiamento para alimentação humana não estão nem alcançando os R$ 77. Além de a maioria oferecer o piso nominal mais baixo, de R$ 70.
“As empresas não estão conseguindo repassar mais preços nos 💥️supermercados”, diz Brandalizze, que enxerga no pacote de R$ 18 o limite de preço, embora as promoções abaixo estejam grandes.
Poderá haver maior fluidez nas gôndolas ao final de julho, com os estoques mais baixos, e esse cenário poderá ser o prazo de espera para os rizicultores gaúchos aguardarem seus tradicionais clientes elevarem as ofertas acima das fábrica de alimentos para os animais.
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