Árabes produzem mais frango e compram mais grãos para ração. Se Brasil perder com um, ganha nos outros
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Receitas com petróleo em xeque no futuro no mundo árabe exigem menor esforço importador de alimentos que podem ser produzidos internamente (Imagem: Reuters/Maxim Shemetov)
Ainda é cedo para sentir se os países árabes estão em tendência consistente de comprarem menos 💥️frangos do Brasil. O certo mesmo é que há um esforço de alavancar suas produções.
O crescente reforço importador de 💥️grãos do Brasil é o principal indicativo. Destino: ração.
Dito isto, se o Brasil perder share em aves, ganha em mais soja e milho exportados para os 22 membros da Liga Árabe, descontados a diferença de agregação de valor, menor para as commodities.
Dados da Câmara de Comércio Arábe-Brasileira (CCAB), que certifica todas as vendas para o 💥️Oriente Médio e Norte da África, mostram que a 💥️soja teve performance 26,24% a mais no primeiro semestre em volume, 1,080 mil toneladas. Em receita, 61,1% acima, para US$ 468,3 milhões.
De janeiro a junho, o avanço do 💥️milho foi acima de 90%, praticamente coincidindo com o volume da soja. O Brasil internou US$ 220,8 milhões com essa rubrica, que mais que dobrou, em 120%.
“Este é um sinal de que os árabes estão buscando substituir importações e estruturar cadeias de alimentos funcionais, razão pela qual esperamos ver no futuro um aumento expressivo nas vendas para toda Liga Árabe”, avalia o secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour.
Recentemente, a 💥️Arábia Saudita, principal destino dos frangos nacionais, desabilitou 11 plantas exportadoras, movimento visto como tentativa de forçar os principais grupos brasileiros a produzirem localmente.
A dependência externa preocupa no balanço despesas com importação versus segurança alimentar em países que são importadores compulsórios de alimentos.
As receitas do 💥️petróleo estão cada vez mais xeque, tanto pela volatilidade e incertezas do consumo em um mundo que ainda se debate com a pandemia, apesar de menos incisiva, mas principalmente pelo avanço dos combustíveis renováveis e frotas eletrificadas expondo a fragilidade do mercado petrolífero em algum lugar do futuro.
Nos primeiros seis meses do ano, as vendas de frangos aos árabes cresceram 7,56%, gerando US$ 1,11 bilhão em faturamento. Para o reino saudita, a alta foi de 12,54% em volume e 29,2 em receita.
No entanto, Mansur pondera que são números ainda abaixo dos níveis pré-pandemia. A CCAB acredita que os embarques deverão cair nos próximos meses.
E o pequeno ganho de agora foi para compensar estoques baixos, já que as atividades econômicas melhoraram e o turismo também, elevando o trânsito e o consumo.
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