Número de empresas inadimplentes diminuiu pela primeira vez em 2023
Sem uma estimativa de melhora de curto prazo, 56% dos empresários entrevistados pela FGV declararam que estão bastante apreensivos com o futuro de seus negócios.
Um levantamento mensal realizado pela 💥️Serasa Experian mostra que o índice de inadimplência das 💥️micro e pequenas empresas melhorou no comparativo entre maio e abril deste ano. A redução de 0,4% ficou marcada como o primeiro resultado positivo de 2023, que iniciou com quatro altas consecutivas.
Entre os setores, o comércio é o que engloba o maior número de inadimplentes – cerca de 40,8%. Esse fator colaborou para que esse segmento se destacasse com a queda de 0,5% entre as empresas que não conseguem pagar as dívidas, seguido pela categoria de serviços, com -0,3%, e indústria, com -0,4%.
Já para os negócios de todos os portes a inadimplência no período diminuiu 0,3% – resultado não muito diferente do que foi obtido para as micro e pequenas empresas. No total, a porcentagem registrada em maio corresponde a, aproximadamente, 5,92 milhões de empreendimentos que não conseguem arcar com as dívidas.
Diante do cenário atual, apesar de quase seis milhões ser um número ainda alto, essa retração pode representar uma expectativa de melhora. De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, esse resultado é reflexo da flexibilização das medidas de restrição da pandemia.
Os novos protocolos que ampliam a reabertura são benéficos para estabelecimentos como 💥️floriculturas, lojas de artesanato, entre outros locais, em que há uma grande procura por presentes nas datas comemorativas. Apesar disso, ainda existe um longo caminho para a recuperação econômica.
A pesquisa “O impacto da pandemia do 💥️coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae, em parceria com a 💥️Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que 79% das empresas continuam registrando perdas no faturamento – em julho, esse índice foi de 81%, sendo o pior mês já registrado.
Ainda segundo o levantamento, os pequenos negócios estão lucrando, em média, 43% a menos do que era obtido antes do início da pandemia, mesmo com um número 22% menor de empreendimentos que atuam em locais com restrição, na comparação entre fevereiro do ano passado com maio deste ano.
Sem uma estimativa de melhora de curto prazo, 56% dos empresários entrevistados pela FGV declararam que estão bastante apreensivos com o futuro de seus negócios. Afinal, para 75% deles, a empresa é a principal fonte de renda da família.
Ou seja, somente a flexibilização das medidas sanitárias não é o suficiente para manter as pequenas empresas em funcionamento, pois o faturamento permanece abaixo da normalidade. A aceleração da vacinação é a providência mais efetiva para o controle da Covid-19 e a recuperação econômica.
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