Petrobras manterá desalavancagem, diz CEO, que vê ‘frutos’ de trabalho continuado

General Joaquim Silva e Luna

Luna adiantou que a empresa prevê alcançar ainda neste ano a meta de dívida bruta de 60 bilhões de dólares, antes prevista para 2022 (Imagem: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom/)

Os resultados trimestrais alcançados pela 💥️Petrobras (💥️PETR4), assim como a remuneração prevista aos acionistas, refletem decisão da companhia de seguir “fielmente” planos de negócios já traçados, com “altos padrões éticos de governança”, afirmou nesta quinta-feira o presidente da petroleira estatal, 💥️Joaquim Silva e Luna.

A companhia publicou na véspera lucro líquido de 42,855 bilhões de reais no segundo trimestre, superando estimativa de analistas, e anunciou antecipação do pagamento de remuneração ao acionista referente ao exercício de 2023 no montante de 31,6 bilhões de reais.

As 💥️ações da Petrobras, que abriram em alta de cerca de 9,5% nesta quinta-feira, mantinham o forte avanço no início da tarde.

O 💥️Credit Suisse elevou a recomendação da ADR da Petrobras de “neutra” para “outperform” e subiu o preço-alvo para 14 dólares, de 11 dólares.

“Compartilhamos com nossos acionistas os ganhos obtidos pela Petrobras”, disse Luna, em webcast com analistas e investidores de mercado.

“Esses são frutos da decisão da companhia de continuar seguindo os mais altos padrões éticos de governança e de fidelidade ao seu plano estratégico. Seguiremos a trajetória de sustentabilidade financeira, geração de valor e desalavancagem.”

Luna adiantou que a empresa prevê alcançar ainda neste ano a meta de dívida bruta de 60 bilhões de dólares, antes prevista para 2022.

No fim de junho, a dívida bruta alcançou 63,7 bilhões de dólares, uma queda de 27,5 bilhões de dólares ante o segundo trimestre de 2023.

A conclusão da meta permitirá uma maior remuneração aos acionistas.

Luna, que substituiu a gestão de 💥️Roberto Castello Branco no início do ano, disse que os resultados também são “fruto de um trabalho continuado de longo prazo”.

A empresa também manteve a posição de que seus preços de 💥️combustíveis devem acompanhar cotações internacionais, mas sem repassar volatilidade ao mercado interno.

O diretor-executivo de Comercialização e Logística, Cláudio Mastella, admitiu, contudo, que a companhia contribui com o governo sobre as discussões para a formulação de um fundo de estabilização de preços de derivados.

Ele comentou ainda que a necessidade de ajustes de preços foi reduzida no segundo trimestre devido ao movimento de cotações e câmbio.

“No primeiro trimestre, um aumento forte das cotações e da taxa de câmbio nos levou a fazer ajustes para um patamar mais alto e mais rápido, se comparar com segundo trimestre”, disse Mastella.

“Mais recentemente, o que tem acontecido, é que tem variações de cotações e taxa de cambio muitas vezes em movimentos opostos, gerando alguma compensação. Isso minimizou a necessidade de ajustes tão frequentes no segundo trimestre. A gente segue buscando equilíbrio com o mercado internacional.”

Desinvestimentos

Durante a teleconferência, o diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Rodrigo Araujo, afirmou que a empresa tem empenhado os maiores esforços para cumprir compromissos de venda de ativos fechados com o órgão antitruste Cade, incluindo a venda de todas as suas refinarias fora dos Estados do Rio e São Paulo.

Araujo frisou também que a empresa não vê movimentos contrários do 💥️Tribunal de Contas da União (TCU) em relação à venda da refinaria Rlam ao grupo Mubadala, a qual a empresa planeja concluir ainda neste ano ou no início de 2022.

Das demais refinarias à venda, o diretor citou que as mais avançadas eram Reman, Lubnor e SIX.

A Petrobras conta ainda com um assessor financeiro para buscar soluções para a venda de sua fatia na Braskem, alguns cenários já foram traçados, mas nenhuma decisão tomada até o momento, disse ele.

Próximo Plano Mais Robusto

Sobre o próximo plano de negócios 2022-2026, o diretor financeiro afirmou que deverá ser publicado entre novembro e dezembro e sinalizou que não deverá apresentar grandes mudanças estratégicas.

Segundo ele, a empresa permanecerá com sua gestão de portfólio, o qual ele destacou ser resiliente a diversos cenários de preços.

Petrobras

No primeiro trimestre, um aumento forte das cotações e da taxa de câmbio nos levou a fazer ajustes para um patamar mais alto e mais rápido (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A empresa deverá ainda manter sua estratégia de trabalhar em parcerias nos ativos de exploração e produção de petróleo, dividindo riscos e gerando valor, ressaltou o diretor da área. Fernando Borges.

Borges disse ainda que o novo plano 2022-26 será “bastante robusto”, considerando um petróleo Brent mais favorável, devido ao cenário de recuperação econômica global no período pós-pandemia de Covid-19.

“Se olha plano 2023-25, a gente teve um freio nele… o Brent mergulhou abaixo de 30 dólares por barril. Mas… a gente continua com respeito ao Brent de equilíbrio, tem que estar abaixo de 35 dólares para aprovar o projeto”, afirmou.

Ele destacou ainda as perspectivas de contratação de novos módulos de produção de petróleo, como para Búzios e outras áreas da cessão onerosa.

“A gente tem leilão dos volumes excedentes (da cessão onerosa) Sépia e Atapu (neste ano), que certamente vão ensejar projetos de desenvolvimento da produção… temos óleo suficiente lá para dar respaldo em cada uma dessas duas áreas”, afirmou.

Búzios, atualmente o segundo maior campo produtor do Brasil, também na cessão onerosa, deverá ter um total de 12 plataformas, reiterou. A plataforma Búzios 9 deverá constar no novo plano prevista para 2026.

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