Dólar alterna estabilidade e queda contra real após ata do Copom; fiscal e Fed seguem no radar
Às 10:25, o dólar recuava 0,26%, a 5,2322 reais na venda (Imagem: Pixabay)
O 💥️dólar oscilava sem direção clara frente ao 💥️real nesta terça-feira, alternando estabilidade e queda, com os participantes do mercado reagindo à 💥️ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do 💥️Banco Central e monitorando com cautela as perspectivas políticas e fiscais domésticas.
Enquanto isso, após dados de 💥️emprego norte-americanos fortes, as expectativas de redução de estímulos pelo 💥️Federal Reserve também ficavam no radar.
Às 10:25, o dólar recuava 0,26%, a 5,2322 reais na venda, depois de oscilar entre 5,2192 na mínima e 5,2640 reais na máxima do pregão. Na B3, o dólar futuro tinha queda de 0,22%, a 5,238 reais.
A ata da Copom, divulgada mais cedo, indicou que apertos seguidos e sem interrupção nos juros básicos são necessários para levar a 💥️taxa Selic para patamar acima do neutro, para que assim as projeções de inflação fiquem na meta.
Dados desta terça-feira mostraram que a 💥️inflação oficial brasileira acelerou com força em julho e atingiu o nível mais alto para o mês em quase 20 anos ainda sob intensa pressão dos preços da energia elétrica, levando a taxa acumulada em 12 meses a encostar em 9%.
“A ata do Copom reforçou intenção de fazer um ajuste tempestivo da política monetária”, disseram em nota analistas do Bradesco, reforçando sua expectativa de que a Selic encerre o ano em 7,00%.
Juros mais altos no 💥️Brasil tendem a elevar a atratividade do mercado de renda fixa local, intensificando a entrada de recursos estrangeiros e, consequentemente, elevando a oferta de dólares no país. Desta forma, a tendência é de desvalorização da moeda norte-americana.
Enquanto isso, no front fiscal, o 💥️Ministério da Economia afirmou nesta manhã que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que propõe o pagamento parcelado dessas despesas pela União, implicaria economia de 33,5 bilhões de reais em 2022.
Recentemente, a notícia de que o governo precisaria alterar o pagamento dos precatórios, combinada à pressão do presidente Jair Bolsonaro por aumento do valor do Bolsa Família (💥️agora Auxílio Brasil), abalou a percepção dos investidores sobre o cenário doméstico, levantando dúvidas sobre a capacidade do país de respeitar o teto de gastos, explicou Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos, acrescentando: “Continua a incerteza.”
Além disso, disse ele, os investidores ficavam de olho em Brasília, cautelosos. No dia em que a Câmara dos Deputados deve votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso,💥️ Bolsonaro assistiu pela manhã um desfile de blindados das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios, em um movimento visto por parlamentares como tentativa de demonstrar força e apoio dos militares.
No exterior, o índice do dólar continuava em patamares elevados nesta manhã. Recentemente, sinais de melhora no mercado de trabalho dos Estados Unidos elevaram as apostas de que o Federal Reserve vai reduzir seu programa de compra de títulos.
Na segunda-feira, essas expectativas foram alimentadas por comentários mais “hawkish”, ou preocupados com a inflação, de duas autoridades do banco central norte-americano.
A reversão de estímulos e eventual elevação de juros nos EUA são vistas por muitos economistas como possível fator de impulso para o dólar, uma vez que elevariam o ingresso de recursos na maior 💥️economia do mundo.
O dólar negociado no mercado interbancário fechou o último pregão em alta de 0,22%, a 5,2460 reais na venda.
💥️(Atualizada às 10h45)
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