Desmatamento recua na Amazônia, mas segue alto sob Bolsonaro
Em junho, Bolsonaro voltou a enviar os militares para protegerem a floresta (Imagem: Reuters)
O desmatamento na floresta amazônica caiu 10% em julho na comparação com o ano anterior depois de quatro aumentos mensais consecutivos, mostraram dados preliminares nesta sexta-feira, mas a destruição continua muito mais alta do que antes de o presidente 💥️Jair Bolsonaro tomar posse.
A parcela de floresta desmatada totalizou 1.498 quilômetros quadrados no mês de julho, de acordo com o 💥️Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Entre janeiro e julho, o desmatamento da 💥️Amazônia aumentou 7,8% na comparação com um ano atrás, atingindo 5.108 quilômetros quadrados, revelaram dados do Inpe.
No ano passado, o desmatamento atingiu uma alta de 12 anos sob as vistas de Bolsonaro, que enfraquece a vigilância ambiental e defende a mineração e 💥️agricultura comercial em áreas protegidas da floresta tropical.
Em junho, Bolsonaro voltou a enviar os militares para protegerem a floresta, retomando uma estratégia intermitente que não faz a destruição diminuir para os níveis vistos antes de ele assumir o cargo, em 2023.
O gabinete do presidente não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre os dados mais recentes a respeito do desmatamento.
As cifras mais recentes do Inpe cobrem o período de registros anuais de desmatamento no 💥️Brasil, medidos entre agosto de 2023 e julho de 2023 para minimizar a interferência da cobertura de nuvens.
Nos 12 meses transcorridos até julho, os dados preliminares indicam uma redução de 4,6% no desmatamento. Cientistas dizem que uma redução nos números preliminares geralmente significa que haverá uma redução na medição final mais precisa conhecida como Prodes.
O vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda a política amazônica do governo, disse na semana passada que agora as cifras estão na direção certa.
“O ciclo encerrado em 31 de julho… acho que estará na faixa dos 4% a 5%, uma redução muito pequena, muito inadequada, mas está no caminho”, disse Mourão aos repórteres.
Mas pesquisadores dizem que a devastação ainda é muito mais alta do que antes de Bolsonaro tomar posse e que um recuo de um único dígito faz pouca coisa para alterar o vasto impacto ambiental.
A Amazônia é considerada um anteparo vital contra a mudança climática, e sua destruição é a principal fonte das emissões de gases de efeito estufa do Brasil.
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