Ainda dá para ficar otimista com ações de mineração e siderurgia? Analistas dividem opiniões
Para o Itaú BBA, o próximo ano será de transição às commodities, com os preços de minério e aço seguindo acomodação em patamares mais baixos (Imagem: Pixabay/Ricobino)
O mercado está olhando de perto para a queda nos preços das 💥️commodities. A pressão sobre o 💥️minério de ferro e o 💥️aço é explicada em parte pela correção, já esperada pelos investidores, mas também pela demanda fraca, somada às estimativas de aumento de oferta.
Os analistas do 💥️Itaú BBA estão preocupados com os níveis de produção de aço na 💥️China.
“Dados da Associação Chinesa de Ferro e Aço (CISA) referentes aos primeiros dez dias de agosto mostraram os níveis mais baixos de produção no ano, e inclusive já vimos quedas de produção em algumas regiões específicas (Hebei, Jiangsu, Shandong)”, comentaram Daniel Sasson, Ricardo Monegaglia e Edgard Pinto de Souza, em relatório divulgado na segunda-feira. “Acreditamos que os cortes de capacidade ao longo deste segundo semestre devem ser mais frequentes”.
Para o Itaú BBA, o próximo ano será de transição às commodities. Os preços de minério e aço devem continuar se acomodando em patamares mais baixos.
Diante da perspectiva de um cenário mais pressionado, o Itaú BBA cortou os preços-alvo da 💥️Usiminas (💥️USIM5) e da 💥️CSN (💥️CSNA3) para, respectivamente, R$ 24 e R$ 48. A recomendação para ambas é de market perform.
“Isso quer dizer que agora nossa expectativa é de que esses papéis mostrem um desempenho em linha com a média do mercado, e não mais que superem o referencial”, explicou.
No caso da CSN, a revisão da tese de investimento se deve à alta dos custos na divisão de mineração, compensando parcialmente os preços de aço no mercado doméstico.
Já em relação à 💥️Usiminas (💥️USIM5), o Itaú BBA acredita que uma normalização dos preços do minério prejudicará os resultados da companhia em 2023. Soma-se a isso o fato de que o potencial de valorização é limitado, com a ação sendo negociada a 6,1 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) de 2023, atrás dos pares.
A 💥️Gerdau (💥️GGBR4) segue como a empresa favorita no setor de siderurgia, visto que tem menos exposição ao minério.
“Gostamos mais da dinâmica para aço do que para minério no curto prazo”, disse o Itaú BBA. A recomendação para o papel é de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 40.
Sobre a 💥️Vale (💥️VALE3), o Itaú BBA acredita que a companhia ainda apresenta uma boa proposta de valor, com geração de caixa robusto (retorno de 21% em 2023) e potencial distribuição de 💥️dividendos extraordinários de aproximadamente US$ 5 bilhões na segunda metade do ano.
Na avaliação da Ágora Investimentos, as ações das empresas de mineração e siderurgia refletem um cenário “excessivamente pessimista” (Imagem: Pixabay)
Mercado está pessimista?
Se, por um lado, o Itaú BBA reduziu as expectativas para as siderúrgicas CSN e Usiminas, a 💥️Ágora Investimentos adotou uma visão mais animadora.
Na avaliação da corretora, as ações das empresas refletem um cenário “excessivamente pessimista”.
“Continuamos otimistas com as ações de Mineração & Siderurgia, já que os preços das ações atualmente refletem um cenário muito pessimista (os nomes do minério de ferro refletem os preços do minério de ferro em US$ 50-60/tonelada para sempre, 60-65% abaixo do preço spot de US$ 150/tonelada, enquanto as siderúrgicas refletem uma correção de 50-55% nos preços domésticos)”, afirmaram os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi, em relatório divulgado nesta quinta.
A Ágora está bastante otimista com os rendimentos de fluxo de caixa e de dividendos das empresas em 2022 & médias de 16% e 10%, respectivamente.
Usiminas, Vale e 💥️CSN Mineração (💥️CMIN3) seguem como os nomes favoritos da Ágora. Para CSN, a recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 67.
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