Temores de redução de estímulo e incertezas locais elevam dólar acima de R$ 5,47

Dólar

Às 10:33, o dólar avançava 0,64%, a 5,4579 reais na venda (Imagem: Pixabay/geralt)

O 💥️dólar avançava acentuadamente nesta sexta-feira, chegando a superar os 5,47 reais e caminhando para forte ganho semanal em meio à expectativa de redução de estímulos pelo 💥️Federal Reserve já em 2023, com o ruído político e fiscal doméstico colaborando para a aversão a risco dos investidores.

Às 10:33, o dólar avançava 0,64%, a 5,4579 reais na venda, após saltar a 5,4765 reais no pico do pregão. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,76%, a 5,467 reais.

Esse movimento estava em linha com os ganhos do dólar no exterior, tanto em relação a uma cesta de pares fortes quanto contra divisas emergentes pares do real, como rand sul-africano, peso mexicano e lira turca.

A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve mostrou que a maior parte das autoridades do banco central espera reduzir suas compras de títulos de emergência já neste ano, elevando as perspectivas de entrada de recursos nos 💥️Estados Unidos, embora também tenha evidenciado divergências crescentes entre os membros do Fed.

“A minha conclusão sobre a ata é de que os membros do Fed ficaram divididos”, disse à Reuters Luca Maia, do 💥️BNP Paribas, afirmando que vários participantes do mercado têm opiniões divergentes em relação aos próximos passos da autoridade monetária. “Com os riscos representados pela variante Delta e sinais de que algumas autoridades não estão tão preocupadas com a inflação, na minha opinião, isso dá a entender que o Fed poderia esperar um pouco mais para começar o ‘tapering'”.

Mas o fato é que esse tipo de discussão eleva a volatilidade e a incerteza nos mercados globais, afirmou Maia, principalmente em meio a sinais de desaceleração do crescimento de economias importantes, como a 💥️China. Dados fracos sobre o 💥️varejo e a indústria do país asiático assustaram os mercados financeiros globais no início da semana.

No Brasil, intensificando o desconforto dos investidores com o Fed, o incessante burburinho fiscal doméstico não tem dado trégua.

“O real já estava performando mal antes da divulgação da ata do Fed”, disse Maia, apontando razões idiossincráticas ligadas à saúde fiscal do Brasil, atraso na agenda de reformas do governo e os efeitos da crise hídrica. “Esse contexto, aliado à incerteza sobre ‘tapering’, tem efeito exacerbado no câmbio”, afirmou.

O dólar estava em curso de encerrar a semana em alta de mais de 4%, acumulando ganho de 4,8% até agora no mês de agosto. No ano, a moeda sobe mais de 5%, longe das mínimas abaixo de 5 reais atingidas no final de junho.

O que poderia fornecer alívio à moeda doméstica até o final do ano, disse Maia, é o ciclo de alta de juros do Banco Central. “O BC deve continuar entregando o ajuste monetário intenso, deixando o Brasil no caminho de se tornar o país emergente com alta liquidez que oferece a taxa de carrego mais atrativa.”

Na véspera, o dólar à vista subiu 0,88%, a 5,4231 reais na venda, maior patamar desde 4 de maio (5,4322 reais).

O Banco Central anunciou para esta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de 15 mil contratos com vencimento em fevereiro e julho de 2022.

💥️(Atualizada às 10h41)

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