Gestores estão ignorando a economia? Fundos se recusam de desistir de ações, mesmo com riscos crescentes
A perspectiva de crescimento e lucros globais em setembro caiu para o nível mais baixo em mais de um ano, de acordo com a pesquisa realizada de 3 a 9 de setembro (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)
O mercado enfrenta uma anomalia peculiar: os gestores de fundos estão rapidamente ficando mais amargurados com o crescimento global e os lucros em meio a uma enxurrada de riscos, mas se recusam a desistir das ações, de acordo com a última pesquisa do 💥️Bank of America Corp.
“A rara desconexão entre os preços dos ativos e os fundamentos da pesquisa de gestores de fundos está crescendo”, segundo nota dos estrategistas do BofA liderados por Michael Hartnett nesta terça-feira.
“As expectativas de crescimento apontam que as alocações de ações devem cair, mas a busca por riscos conta uma história de que os investidores estão ignorando o macro.”
A perspectiva de crescimento e lucros globais em setembro caiu para o nível mais baixo em mais de um ano, de acordo com a pesquisa realizada de 3 a 9 de setembro.
No entanto, a alocação dos investidores em ações caiu apenas ligeiramente para 50% da participação detida pelos entrevistados e a fatia de riscos acima do normal aumentou para 9%. Títulos permaneceram impopulares com um líquido de 69% underweight, disse o BofA.
O motivo desse posicionamento no mercado? Os estrategistas do BofA dizem que uma queda no otimismo macroeconômico é uma boa notícia para as ações, pois sinaliza que os juros mais baixos permanecerão por mais tempo, fazendo com que não haja alternativa às ações em meio à falta de apetite por títulos.
E embora 84% dos entrevistados prevejam que o 💥️Federal Reserve dos EUA sinalizará uma redução gradual até o final do ano, as expectativas para o momento do primeiro aumento da taxa de juros foram adiadas para algum momento a partir de novembro de 2022 para a partir de fevereiro de 2023.
Embora muitos dos principais gestores de fundos permaneçam investidos em ações, o sentimento de risco foi esfriando em setembro, com o 💥️S&P 500 em rumo para primeira queda em oito meses. As preocupações com a diminuição do estímulo, surtos de 💥️Covid-19 e as repressões da 💥️China têm pesado no clima.
Ainda assim, de acordo com a pesquisa do BofA, a proporção de investidores fazendo hedge para uma queda acentuada nas ações nos próximos três meses é a menor desde janeiro de 2018. E 67% dos entrevistados vêem a liquidez do mercado atual como positiva, o percentual mais elevado desde um pouco antes da crise financeira global de 2008.
Outros destaques da pesquisa incluem:
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