Em busca de popularidade, Bolsonaro usa mil dias de governo para viajar pelo país

Jair Bolsonaro

O último levantamento Datafolha, feito na metade de setembro, mostrou que 53% dos brasileiros consideram seu governo ruim ou péssimo (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O 💥️Palácio do Planalto vai usar a comemoração de mil dias do governo de 💥️Jair Bolsonaro para acelerar ainda mais a sequência de viagens que o presidente tem feito pelo país, em uma tentativa de melhorar a popularidade do presidente, que vem caindo a cada pesquisa.

Ao longo desta semana, vai a pelo menos seis Estados, com cerca de oito eventos diferentes, em todas as regiões do país, em um intensivo de pequenas inaugurações e entregas organizadas pelos ministérios da 💥️Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional.

A agenda em si não difere muito do que Bolsonaro tem feito até aqui: entrega de um residencial no interior de Alagoas, títulos de propriedades rurais na Bahia, inauguração de uma termelétrica em Roraima, visita às obras do metrô em Belo Horizonte onde a intenção é assinar a sanção de um projeto de lei que libera recursos, mas ainda depende da aprovação do Congresso inauguração do metrô de Maringá (PR), terra do líder do governo na Câmara, 💥️Ricardo Barros (PP-PR).

Na lista entram ainda a assinatura da concessão dos aeroportos do chamado Bloco Norte Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista, que foram leiloados em abril, e a concessão da BR 153, em Anápolis (GO).

A sequência de viagens serve para Bolsonaro vender seu governo em um momento de queda na popularidade.

O último levantamento Datafolha, feito na metade de setembro, mostrou que 53% dos brasileiros consideram seu governo ruim ou péssimo, e apenas 22% consideram ótimo e bom.

Na semana passada, pesquisa do Instituto Ipec formando por antigos integrantes do 💥️Ibope chegou aos mesmos números. Nas duas pesquisas, Bolsonaro perde a reeleição para o ex-presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva e, a depender do cenário, isso poderia acontecer ainda no primeiro turno.

No primeiro evento dos mil dias, nesta segunda o lançamento de um programa de microcrédito pela Caixa que serviu para ministros rasgarem elogios ao presidente Bolsonaro afirmou que o debate para as eleições de 2022 foi antecipado, mas que ele não iria entrar “na guerra da reeleição agora”.

De fato, adversários incluindo Lula, 💥️Ciro Gomes e os governadores tucanos João Dória (SP) e Eduardo Leite (RS) já se preparam para 2022, em uma antecipação inédita das discussões eleitorais. Mas o próprio Bolsonaro não está fora disso, apesar de suas palavras nesta segunda.

O presidente tem dedicado vários dias a viagens, especialmente às regiões Norte e Nordeste, em que pouco fala do evento que o levou até lá, mas concentra esforços em comparar seu governo com anteriores, e lançar alertas ao que chama de perigo da “volta do comunismo” que nunca existiu no Brasil.

Mesmo nesta segunda, em seu discurso no Planalto, Bolsonaro recuperou a ameaça que supostamente representaria um presidente petista de volta à Presidência.

Bolsonaro se dedica ainda a participar de atos organizados por apoiadores com seu incentivo, em defesa do governo, especialmente “motociatas”.

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