IPCA supera 10% em 12 meses e tem maior alta para setembro desde Plano Real

No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA teve alta de 10,25%, contra alta 9,68 por cento do mês anterior (Imagem: Pixabay/rauschenber)

A 💥️inflação oficial do 💥️Brasil acelerou com força em setembro e superou 10% em 12 meses pela primeira vez em cinco anos e meio, em um momento de apreensão com o avanço dos preços no país e intenso movimento de aperto monetário.

O 💥️Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA) passou a subir em setembro 1,16%, de 0,87% em agosto, embora abaixo da expectativa em pesquisa da 💥️Reuters de um avanço de 1,25% .

O dado divulgado nesta sexta-feira pelo 💥️Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (💥️IBGE) foi o mais elevado para o mês desde 1994 e levou a taxa acumulada em 12 meses até setembro a 10,25%, de 9,68% em agosto.

A leitura do IPCA em 12 meses também ficou abaixo da expectativa de alta de 10,33%, mas marca a primeira vez em dois dígitos desde fevereiro de 2016 (10,36%).

Se a inflação permanecer nesse curso, terminará o ano muito acima do teto da meta oficial para este ano — inflação de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Por trás da inflação alta, há fatores como câmbio e crise hídrica, além de custos de insumos, que já levaram o 💥️Banco Central a elevar a taxa básica de 💥️juros aos atuais 6,25%.

“A demanda ainda está em recuperação, mas aos poucos com a retomada da 💥️economia. E tem a pressão de custos por conta da 💥️energia, 💥️gasolina e 💥️dólar“, explicou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

“O dólar mais alto estimula exportações e diminui a oferta interna. O dólar tem pesado no IPCA”, completou.

Energia e combustíveis

Em setembro, o vilão continuou sendo a energia elétrica, que subiu 6,47% no mês em que passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica” — no mês anterior vigorou a bandeira vermelha patamar 2. A energia elétrica já acumula em 12 meses alta de 28,82%.

Isso levou os custos de Habitação a aumentarem 2,56%, forte aceleração ante a alta de 0,68% registrada em agosto.

Também se destaca o avanço do preço do 💥️gás de botijão de 3,91%, na 16ª alta consecutiva que leva a um aumento acumulado em 12 meses de 34,67%.

Os preços de 💥️Transportes, por sua vez, subiram 1,82%, enquanto os de Alimentação e Bebidas tiveram alta de 1,02%. Juntos, esses três grupos contribuíram com cerca de 86% do resultado do IPCA de setembro.

Mais uma vez os 💥️combustíveis pesaram no grupo Transporte ao subirem 2,43%, com altas de 2,32% da gasolina e de 3,79% do 💥️etanol.

Na Alimentação, por outro lado, as 💥️carnes recuaram 0,21% após sete meses consecutivos de alta, mas frutas avançaram 5,39%, o 💥️café moído subiu 5,50% e o 💥️frango inteiro avançou 4,50%.

“Essa queda das carnes pode estar relacionada à redução das 💥️exportações para a 💥️China. No início do mês, houve casos do mal da vaca louca na produção brasileira. Com a suspensão das exportações, aumentou a oferta de carne no mercado interno, o que pode ter reduzido o preço”, explicou Kislanov.

Já a inflação de 💥️serviços ampliou a alta a 0,64% em setembro, de 0,39% em agosto, conforme acelera a reabertura da economia afetada pela pandemia de 💥️coronavírus.

“Embora (o número) tenha sido abaixo do projetado, não traz elementos tão confortáveis assim. Aquele cenário que a gente traçava no começo do ano de que o IPCA seria forte no meio e depois ia arrefecendo ao longo do segundo semestre não está se concretizando”, disse Gustavo Cruz, economista e estrategista da 💥️RB Investimentos.

Após ter aberto o ano com a 💥️Selic na mínima histórica de 2%, o Banco Central já elevou a taxa básica de juros em 4,25 pontos de março até agora, ao patamar atual de 6,25% ao ano, indicando mais recentemente que irá avançar em “território contracionista”.

O BC descreve a inflação como “intensa e disseminada”, e alerta que o ciclo de elevação da Selic para domá-la vai afetar a atividade no ano que vem. As contas do BC são de IPCA em 8,5% neste ano.

O mercado, de acordo com a mais recente pesquisa Focus do BC, calcula a inflação ao final deste ano em 8,51% e a 4,14% em 2022.

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