IBGE: produção industrial cai em agosto em 7 dos 15 locais pesquisados
A maior queda no mês foi registrada em Pernambuco (-12%), eliminando parte do crescimento de 6,1% apresentado em julho e exercendo influencia negativa no indicador nacional (Imagem: Pixabay/gefrorene_wand)
A produção industrial apresentou queda em sete dos 15 locais pesquisados, em agosto, na comparação com julho. O recuo nacional chegou a de 0,7%. É o que aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgada hoje (8) pelo 💥️Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior queda no mês foi registrada em 💥️Pernambuco (-12%), eliminando parte do crescimento de 6,1% apresentado em julho e exercendo influencia negativa no indicador nacional.
De acordo com o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o resultado de Pernambuco pressiona o setor de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e higiene pessoal, além do setor de outros produtos químicos.
A segunda maior influência negativa veio de 💥️Minas Gerais, com -0,9%, puxada pelos setores de veículos automotores e de alimentos. Esta é a terceira taxa negativa seguida, levando a 💥️indústria do estado a acumular perda de 4,6%.
Também registraram quedas mais intensas que a média nacional o Espírito Santo (-3,7%), a Região Nordeste (-3,5%), o 💥️Mato Grosso (-2,3%) e 💥️Rio Grande do Sul (-1%). O estado de 💥️Goiás (-0,3%) completa a lista com queda na PIM em agosto.
Pelo lado das altas, o Amazonas cresceu 7,3%, puxado pelo desempenho dos setores de bebidas e de outros equipamentos de transportes, recuperando parte da queda de 13,2% registrada em julho. A alta de 7,1% no Pará interrompe três meses seguidos de queda na produção industrial, com perda acumulada de 9,7%. O estado foi influenciado pelos bons resultados dos setores extrativo e de metalurgia.
Também registraram alta em agosto os estados de 💥️Santa Catarina (1,9%), 💥️Paraná (1,5%), 💥️Rio de Janeiro (1,3%), 💥️São Paulo (0,4%) e 💥️Bahia (0,3%). O 💥️Ceará repetiu o patamar de julho, com variação nula.
Pandemia
Com esse resultado, seis dos locais pesquisados pelo IBGE ficaram em patamares acima do registrado no período pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2023.
Minas Gerais está 10,3% acima, além de Santa Catarina (4,9%) Paraná (1,8%) Rio de Janeiro (1,4%), 💥️Amazonas (1%) e 💥️São Paulo (0,1%).
Para Almeida, a pandemia ainda influencia a retomada do setor industrial, com os altos custos de matéria-prima e a falta de abastecimento de insumos.
“Há também uma diminuição no consumo, com inflação crescente, o que contribuí para reduzir o poder de compra das famílias. Tudo isso impacta na cadeia produtiva, afetando a tomada de decisão tanto por parte dos produtores quanto dos consumidores,” explicou.
Na comparação anual, a queda nacional foi de 0,7% e nove dos 15 locais pesquisados registraram redução na produção industrial.
O maior recuo foi na Região Nordeste (-17,2%), seguido da Bahia (-13,8%) e de Pernambuco (-13,5%). Também caíram em relação a agosto de 2023 o 💥️Pará (-6,2%), 💥️Ceará (-5,6%), Goiás (-3,4%), Mato Grosso (-2,1%), Amazonas (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-1,5%).
As altas nessa comparação foram registradas no Paraná (8,7%), Minas Gerais (6,5%), 💥️Espírito Santo (6%), Santa Catarina (5,8%), Rio de Janeiro (1,4%) e São Paulo (0,9%). O IBGE destaca que agosto de 2023 teve 22 dias úteis, um a mais do que igual mês de 2023.
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