Dólar fecha acima de R$ 5,53 e bate máxima em quase 6 meses antes de feriado

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O dólar à vista subiu 0,42% nesta segunda-feira, a 5,5384 reais (+0,45%) (Imagem: REUTERS/ Yuriko Nakao)

O 💥️dólar (USDBRL) começou a semana em alta e renovando máximas em quase seis meses, firmemente acima de 5,50 reais, conforme o clima mais arisco no exterior respaldou compras defensivas antes do feriado que fechará os 💥️mercados financeiros no 💥️Brasil na terça-feira.

O dólar à vista subiu 0,42% nesta segunda-feira, a 5,5384 reais. É o maior valor para um encerramento desde 20 de abril passado, quando a moeda fechou a 5,5486 reais.

O dólar terminou bem perto da máxima do dia, de 5,5404 reais (+0,45%). Na mínima, atingida ainda pela manhã, a cotação desceu a 5,4924 reais (-0,42%).

Na 💥️B3 (💥️B3SA3💥️), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento ampliou os ganhos e às 17h34 (de Brasília) subia 0,48%, a 5,5565 reais, após cravar máxima de 5,5615 reais.

Lá fora, o índice do dólar frente a uma cesta de rivais ganhava 0,22%, saltando às máximas da sessão e se aproximando de picos em um ano vistos no fim de setembro.

O sinal do mercado de câmbio aqui e no exterior acompanhou a piora nos índices de ações em 💥️Nova York, que sentiram preocupações de investidores com efeitos inflacionários de novo rali nos preços do petróleo antes do início da divulgação de balanços corporativos do terceiro trimestre nos EUA.

O S&P 500, que chegou a subir 0,56%, fechou em queda de 0,69%, colado nas mínimas do dia.

A liquidez tanto no Brasil quanto nos EUA ficou abaixo da média aqui, pela véspera de feriado e lá, pela observância ao Dia de Colombo, que manteve paradas as negociações com títulos do Tesouro, retirando uma referência para operações nos demais mercados.

Na B3, o dólar para novembro havia movimentado 143 mil contratos até as 17h41, a caminho de registrar o menor giro desde 6 de setembro, também uma véspera de feriado.

Investidores seguiram colocando na conta riscos de o banco central dos EUA apertar a política monetária à medida que a inflação não dá sinais de abatimento.

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Na B3, o dólar para novembro havia movimentado 143 mil contratos até as 17h41 (Imagem: Pixabay)

Os receios são intensificados por um imparável rali nos preços do petróleo, com o contrato norte-americano nos valores mais altos desde 2014, acima de 80 dólares o barril, no que pode ser uma verdadeira injeção de 💥️inflação na economia global.

O clima de cautela externa se somou a um ambiente doméstico já ruidoso, sustentando os prêmios de risco que fizeram o dólar cruzar a linha psicológica dos 5,50 reais e que o mantinham acima dela.

A equipe de pesquisa macro do 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11) digital piorou as estimativas para a taxa de câmbio nos três cenários que considera, com a agenda política como principal ponto de atenção nos próximos meses no campo doméstico.

No cenário básico, o dólar agora deve terminar o ano em 5,30 reais, ante taxa de 5,00 reais prevista anteriormente. No cenário otimista, a moeda fica em 5,10 reais, contra 4,80 reais estimados antes.

Nos cálculos mais pessimistas, o dólar fecha 2023 em 5,60 reais, de 5,40 reais do prognóstico anterior.

Enquanto isso, investidores estrangeiros parecem ter virado a mão e passado a apostar contra o real.

Com base em dados de uma agência dos EUA, especuladores fizeram na semana encerrada em 5 de outubro a maior venda líquida de contratos de reais na Bolsa Mercantil de Chicago em mais de dois anos.

Com isso, ficaram vendidos (vendo depreciação da divisa brasileira) pela primeira vez desde o começo de maio.

O economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks, comentou no Twitter:

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Nos cálculos mais pessimistas, o dólar fecha 2023 em 5,60 reais, de 5,40 reais do prognóstico anterior (Imagem: Pixabay/jc_cards)

“Muitos investidores neste verão (no Hemisfério Norte) compartilharam da nossa visão de que o real brasileiro está subvalorizado e assinaram embaixo no nosso valor justo de 4,50 reais por dólar.

Mas a confiança do investidor estrangeiro desmoronou, e você pode ver isso no desenrolar do posicionamento especulativo comprado em real. Os investidores estrangeiros desistiram do Brasil…”, afirmou.

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