Montadoras europeias enfrentam gargalos para produção de baterias de carros elétricos
A Volkswagen planeja construir seis fábricas de baterias na Europa, enquanto a Daimler projeta quatro com parceiros (Imagem: Nelson Oliveira/Agência Senado)
Montadoras como 💥️Volkswagen, 💥️Daimler e Stellantis têm corrido para garantir o fornecimento de células de bateria na 💥️Europa e podem enfrentar um desafio ainda maior para encontrarem matéria-prima suficiente.
O fracasso em se obter suprimentos adequados de lítio, níquel, manganês e cobalto pode retardar a mudança para veículos elétricos, tornar esses veículos mais caros e ameaçar as margens de lucro das montadoras.
“Há uma questão séria sobre se o fornecimento pode acompanhar a demanda em toda a cadeia de fornecimento de baterias”, disse Daniel Harrison, analista automotivo da Ultima Media.
Até pouco tempo, a Europa era vista como perdedora na corrida de baterias para os fabricantes asiáticos dominantes como CATL, na China; LG Chem, da Coréia do Sul; e Panasonic, do 💥️Japão; diz Ilka von Dalwigk da EIT InnoEnergy, que criou uma rede de empresas financiada pela 💥️União Europeia na “European Battery Alliance”.
“Ninguém viu isso como um problema”, disse von Dalwigk. “A ideia era que poderíamos importar células de bateria.”
A Volkswagen planeja construir seis fábricas de baterias na Europa, enquanto a Daimler projeta quatro com parceiros.
Os anúncios das instalações ocorreram rapidamente, e a EIT InnoEnergy lista quase 50 projetos planejados na UE.
Harrison, da Ultima Media, projeta que as seis fábricas planejadas da Volkswagen permitirão à empresa cobrir cerca de dois terços de suas próprias necessidades de bateria.
Lacuna da Cadeia de Fornecimento
O problema está nas matérias-primas como lítio, níquel, manganês e cobalto. Em um ano, o preço do carbonato de lítio mais que dobrou, explica Caspar Rawles, chefe de análise de preços e dados da Benchmark Mineral Intelligence (BMI).
No caso do cobalto, onde os maiores depósitos estão localizados na República Democrática do Congo e às vezes são extraídos em condições de trabalho miseráveis, também é esperado um aumento no preço.
No início da cadeia de abastecimento, leva cerca de sete anos para que novas minas sejam desenvolvidas.
Até agora, o lítio vem principalmente da 💥️Austrália e do 💥️Chile, o cobalto do Congo e o grafite da 💥️China.
Os maiores processadores de materiais catódicos e anódicos também estão localizados lá e no Japão.
A 💥️indústria automotiva está atualmente passando por interrupções de produção devido à escassez de semicondutores.
Algumas montadoras, incluindo a Volkswagen, estão tentando garantir o fornecimento de matéria-prima com contratos de fornecimento exclusivos.
Mas as importações podem ficar mais caras devido aos aumentos de tarifas em disputas comerciais e problemas de logística, como mostrou recentemente um acidente com um navio que bloqueou o 💥️Canal de Suez.
A Ultima Media calcula que se todos os planos de fábricas de bateria se tornarem realidade, a produção local deve atender a demanda ao redor de 2030.
Cerca de 640 gigawatt hours (GWh) vai ser disponibilizado, suficiente para uma produção anual de 13 milhões de carros.
Até 2030, a Ultima Media estima que a oferta global de baterias vai somar 2.140 GWh e a demanda 2.212 GWh.
Recursos Locais
Uma resposta seriam investimentos na extração de matéria-prima na Europa, onde o lítio está especialmente disponível.
A EIT InnoEnergy estima que até 2030 a Europa poderá aproveitar um quarto das matérias-primas de que necessita, portanto, está trabalhando para levantar mais dinheiro que poderia desencadear mais investimentos no setor.
Harrison, da EIT, porém, acredita que a Comissão Europeia e os países membros da UE terão que tomar medidas & como mais subsídios para a exploração de reservas e reciclagem & “porque há muito em jogo, econômica e ecologicamente”.
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