Província chinesa apreende equipamentos de mineração cripto em agências do governo
A investigação analisou quase 4,7 mil endereços de protocolo de internet (IP) na província que podem estar envolvidos em mineração de criptomoedas (Imagem: Pixabay/LauraTara)
Zhejiang, uma das diversas províncias costeiras da China que tem passado por apagões energéticos, lançou uma investigação sobre operações que estão usando recursos públicos para minerar criptomoedas.
Nesta quinta-feira (14), a Administração do Ciberespaço de Zhejiang disse, em uma publicação em blog, que deu início a uma investigação no mês passado, tendo como alvo aqueles que estão minerando criptomoedas dentro de agências governamentais e do Partido Comunista e em empresas estatais, além de em institutos públicos de ensino superior e de pesquisa.
A investigação analisou quase 4,7 mil endereços de protocolo de internet (IP) na província que podem estar envolvidos em mineração de criptomoedas, afirmou o governo de Zhejiang.
Com a investigação, foi possível localizar outras 77 entidades públicas por meio de 184 endereços de IP, as quais estão usando serviços e instalações financiados pelo governo para minerar criptoativos, incluindo bitcoin (BTC), ether (ETH), entre outros.
Várias agências da província lançaram, então, inspeções dentro de suas instalações, em mais de 20 entidades públicas, com base em 119 endereços de IP.
Essas agências ordenaram o encerramento dessas operações, além de penalidades disciplinares para os funcionários responsabilizados pelas atividades ilegais.
Imagens das inspeções nas instalações mostram pilhas de placas de vídeo (GPU) instaladas dentro do que aparentava ser áreas de escritório.
A investigação da província de Zhejiang é o mais recente sinal da “briga de gato e rato” entre mineradores de GPU na China e as autoridades locais.
Nas fotos acima, as placas de vídeo para mineração cripto apreendidas em agências governamentais (Imagem: The Block)
O fato de a taxa de hashes da Ethereum continuar atingindo recordes históricos indica que os mineradores de ether chineses não abriram mão de suas atividades, apesar das recentes proibições.
Quando Sparkpool, o maior pool de mineração do mundo, com sede em Hangzhou, anunciou o fim de suas atividades em 24 de setembro, a companhia tinha 160 terahashes por segundo (TH/s) de taxa de hashes.
A europeia Ethermine estava em segundo lugar, quase alcançando a Sparkpool, e a chinesa F2Pool estava em terceiro lugar, com 75 TH/s.
Nas duas últimas semanas, parece que a taxa de hashes ligada anteriormente à Sparkpool migrou, em sua maioria, para a F2Pool, visto que a taxa de hashes desta mais que dobrou e chegou a 165 TH/s. A taxa de hashes da Ethermine também cresceu mais de 15% e agora está em 185 TH/s.
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