Do teto ao piso: medo de descontrole fiscal derruba Ibovespa à mínima desde novembro

Ibovespa

A volatilidade decorrente do nervosismo com a rápida deterioração do cenário impulsionou o volume de negócios, que somou 43,4 bilhões de reais (Imagem: Reuters/Rahel Patrasso)

A confirmação de que o governo planeja driblar o teto de gastos para financiar seu programa de auxílio social a ser lançado antes das 💥️eleições de 2022 ditou piora generalizada das perspectivas econômicas do país e levou o principal índice de 💥️ações brasileiras ao piso em 11 meses.

Também refletindo o receio de uma greve de caminhoneiros e ventos do exterior menos favoráveis, o 💥️Ibovespa (💥️IBOV) desabou 2,75%, para 107.735,01 pontos, menor fechamento desde 20 de novembro de 2023.

A volatilidade decorrente do nervosismo com a rápida deterioração do cenário impulsionou o volume de negócios, que somou 43,4 bilhões de reais.

O movimento legislativo para “adequar” o teto orçamentário, mudando prazo de correção do teto de gastos e acomodar o 💥️auxílio a famílias de baixa renda até dezembro de 2022, foi a senha para economistas se certificarem de uma iminente piora das contas públicas, o que deve ser compensado com juros mais altos.

“Desenvolvimentos recentes na frente fiscal contaminam os preços dos ativos, prejudicam a credibilidade da política e aumentam o risco de alta para nossas perspectivas de inflação de médio prazo”, afirmou o JPMorgan, prevendo que o 💥️Banco Central vai acelerar a alta da Selic nas próximas duas reuniões.

Como resposta, ações de empresas que brilharam durante a pandemia, como de comércio eletrônico e construtoras, que já vinham sendo alvos de realização de lucros, intensificaram as perdas. O mesmo se deu sobre papéis ligados a commodities, com uma 💥️derrocada dos preços do minério de ferro na China.

Por fim, o temor de 💥️uma possível greve de caminhoneiros de larga escala pressionou diretamente empresas de combustíveis, após um evento nesta manhã no Rio de Janeiro.

Destaques

💥️Americanas (💥️AMER3) despencou 10,76% e 💥️Magazine Luiza (💥️MGLU3) perdeu 6,34%, ilustrando como ações de empresas que cresceram forte durante a pandemia têm sido fortemente alvejadas por realização de lucros.

💥️Banco Inter (💥️BIDI11) despencou 10,7%, chegando a 50% de desvalorização desde julho.

💥️ Banco Pan (💥️BPAN4) retrocedeu 7,88%.

💥️ Getnet (💥️GETT11) desabou 19,8%, devolvendo quase todo o ganho acumulado deste sua estreia na bolsa, na segunda-feira.

💥️Vibra (💥️BRDT3), dona da rede de postos BR, caiu 5,17%, 💥️Ultrapar (💥️UGPA3), dona da Ipiranga, teve baixa de 5,42%, em meio a temores sobre desdobramentos de uma paralisação de caminhoneiros.

Fora do índice, 💥️Raízen (💥️RAIZ4), dona dos postos 💥️Shell no país, recuou 3,16%.

💥️Petrobras (💥️PETR4) perdeu 3,38%. A companhia divulgou resultados operacionais considerados positivos por analistas.

O 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11) afirmou que “outro ciclo de fortes resultados financeiros está a caminho”, mas que isso deve ser eclipsado pelo ruído em torno da política de preços dos combustíveis.

💥️Vale (💥️VALE3) cedeu 1,6%, também sob pressão dos preços de metais ferrosos na China, que despencaram devido à queda nos preços do carvão e estagnação do consumo de aço.

💥️ Usiminas (💥️USIM5) tombou 5,4%, 💥️Csn (💥️CSNA3) perdeu 1,8%.

💥️Banco do Brasil (💥️BBAS3) encolheu 4,2%, 💥️Bradesco (💥️BBDC4) teve depreciação de 1,7% e 💥️Itaú Unibanco (💥️ITUB4) teve recuo de 1,7%, com os grandes bancos nacionais devolvendo ganhos da véspera.

💥️Suzano (💥️SUZB3) avançou 1,65%. A produtora de papel e celulose antecipou a meta de remover 40 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera, de 2030 para 2025.

💥️BB Seguridade (💥️BBSE3) subiu 0,8%, diante da perspectiva de que a carteira de títulos da seguradora seja beneficiada com um ciclo de alta de juros mais longo.

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