Dólar fecha em alta de 0,36%, a R$ 5,57 na venda
O dólar à vista subiu 0,36%, a 5,5727 reais na venda (Imagem: Pixabay)
O 💥️dólar (💥️USDBRL) subiu contra o real nesta terça-feira, mas fechou longe de patamares acima dos 5,60 reais atingidos nas máximas do pregão, com expectativas de elevação mais agressiva da 💥️taxa Selic pelo 💥️Banco Central nesta semana dividindo atenções com temores inflacionários e fiscais domésticos.
O dólar à vista subiu 0,36%, a 5,5727 reais na venda.
No pico da sessão, atingido no início da tarde, a moeda havia chegado a subir 0,98%, a 5,6070 reais.
Na 💥️B3 (💥️B3SA3), o dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,27%, a 5,5770 reais.
Dados divulgados na manhã desta terça-feira surpreenderam os mercados financeiros ao mostrarem que o 💥️IPCA-15, prévia da inflação oficial ao consumidor, registrou em outubro a maior alta para o mês em 26 anos.
A leitura, bem mais elevada do que a expectativa em pesquisa da Reuters, levou mais instituições financeiras importantes, como 💥️Credit Suisse e 💥️Goldman Sachs (💥️GS), a elevarem suas expectativas para a dimensão do aperto monetário que o Banco Central anunciará na quarta-feira, ao fim do encontro de dois dias do 💥️Copom. Agora, os bancos projetam alta de 150 pontos-base da taxa Selic.
As recentes escaladas nas expectativas para os juros básicos têm sido citadas por investidores como possível fator de suporte para a moeda brasileira, uma vez que o maior retorno oferecido no mercado de renda fixa doméstico poderia elevar o ingresso de recursos estrangeiros no país.
Ainda assim, muitos ressaltam que as revisões nas contas para a taxa Selic refletem grandes riscos inflacionários e fiscais.
“Os preços já mostram a mudança das expectativas, com prognósticos de que a Selic chegue aos dois dígitos ainda no primeiro trimestre do ano que vem”, disseram analistas da Levante Investimentos em nota.
“Pior do que a alta da inflação (…) é a pouca disposição do governo para acertas as contas, ainda mais com a perspectiva de que em poucos meses se inicia uma campanha eleitoral que promete ser polarizada e conturbada.”
Os mercados brasileiros foram golpeados na semana passada pela ameaça concreta ao teto de gastos representada pela pressão do governo por um 💥️Auxílio Brasil mais robusto, e, desde então, várias instituições financeiras têm divulgado piora nas revisões para a economia e alta nas estimativas para os juros.
“Sem a âncora fiscal resta a âncora monetária para impedir uma explosão da inflação”, disse a Levante. “Juros mais altos e por mais tempo do que se imaginava antes da turbulência da semana passada.”
Com o desempenho desta terça-feira, o dólar acumula alta de 2,26% até agora no mês de outubro. Em 2023, o dólar sobe 7,34%.
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