Privatização da Eletrobras deve atrasar para depois da eleição
Ministros do TCU também temem que, em ano eleitoral, especialmente em meio à turbulência do mercado devido a preocupações com as perspectivas fiscais do país (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)
A 💥️privatização da 💥️Eletrobras (💥️ELET3;💥️ELET6)dificilmente acontecerá em 2022, apesar da pressão do governo para concluí-la antes das eleições do próximo ano, disse uma autoridade familiarizada com o assunto.
O 💥️Tribunal de Contas da União (TCU), que precisa dar luz verde à operação, considera que o governo subestimou em pelo menos R$ 10 bilhões a receita que espera obter de outorga, o que reforça o entendimento interno na Corte de que o assunto tem que ser tratado com mais cuidado, de acordo com a pessoa, pedindo para não ser identificada porque o assunto não é público.
Ministros do TCU também temem que, em ano eleitoral, especialmente em meio à turbulência do mercado devido a preocupações com as perspectivas fiscais do país, não seja o melhor momento para vender uma empresa do tamanho da Eletrobras, acrescentou a pessoa.
A Presidência da República não respondeu imediatamente a pedido de comentário. O TCU e o Ministério da Economia não responderam a pedidos de comentários. A Eletrobras não quis comentar.
Embora o presidente 💥️Jair Bolsonaro já tenha alertado internamente a seus assessores que o governo provavelmente não conseguirá levar adiante a privatização, a Eletrobras anunciou nesta sexta-feira que pré-selecionou cinco bancos para coordenar sua oferta de ações.
A não privatização da empresa não seria apenas mais um revés na agenda favorável ao mercado do ministro da Economia, 💥️Paulo Guedes, mas também frustraria os planos do governo de baixar os preços da energia no próximo ano, utilizando parte da receita da privatização.
O 💥️Ministério da Economia espera arrecadar R$ 60 bilhões com a venda de ações ordinárias da concessionária, sendo que R$ 25 bilhões iriam direto para o Tesouro. A operação diluiria a participação do governo na empresa para cerca de 45%, embora uma golden share ainda garantisse poder de veto em algumas decisões.
O governo esperava a conclusão da privatização da Eletrobras para até março de 2022. Esta seria a única venda de uma grande estatal por Paulo Guedes.
O arrojado programa de privatizações do ministro, que chegou a anunciar arrecadação de mais de R$ 1 trilhão, perdeu força no governo, parte porque nunca foi totalmente apoiado por Bolsonaro.
Os planos de venda da estatal foram iniciados pelo ex-presidente Michel Temer em 2018 e aprovados pelo Congresso neste ano. No meio do caminho, o secretário de privatizações Salim Mattar e o presidente da Eletrobras Wilson Ferreira Júnior pediram demissão porque a operação estava demorando muito.
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